27-10-2008 - SC recebe incentivo para saúde mental

Santa Catarina vai contar com dois novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União, os centros são voltados exclusivamente ao atendimento de adultos com transtornos mentais severos e persistentes e vão ficar localizados em Lages e Urussanga. Para as implantações, foram investidos R$ 40 mil. Ao todo, são 61 CAPs no Estado de Santa Catarina, sendo que sete unidades fazem atendimento a dependentes químicos. Com a nova habilitação, o Brasil eleva para 1.291 o total de serviços implantados em todas as unidades da federação. Os novos CAPs representam investimentos de R$ 22,3 milhões por ano. A meta é implantar mais 150 unidades até o fim de 2008.
Outra medida na área de saúde mental, adotada pelo Ministério da Saúde, foi o lançamento de edital no valor de R$ 1,4 milhão. O recurso se destina às secretarias estaduais e municipais de saúde, universidades públicas, organizações da sociedade civil e não governamentais sem fins lucrativos que desenvolvem projetos na área de redução de danos, uma estratégia da saúde pública para reduzir os danos à saúde em conseqüência de práticas de risco. No caso específico do Usuário de Drogas Injetáveis (UDI), a intenção é reduzir os danos para aqueles usuários que não podem, não querem ou não conseguem parar de usar drogas injetáveis, e, portanto, compartilham a seringa e se expõem à infecção pelo HIV, hepatites e outras doenças de transmissão parenteral. O sucesso da política de redução de danos junto à epidemia de Aids no Brasil pode ser comprovada pelos números. Os casos de Aids classificados na subcategoria de exposição usuários de drogas injetáveis (UDI) vêm diminuindo em quatro regiões do país, com exceção da região Norte, que se mantém estável em baixos patamares (em média 41 casos por ano de 2000 a 2006).
Estima-se que 15% da população mundial (975 milhões) precisem de atendimento em saúde mental. No Brasil, 28,3 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno mental. A alta prevalência desses transtornos, o seu crescimento em todos os países e segmentos sociais, além da interface especialmente com as drogas e violência, tornam a questão uma das prioridades para a saúde pública.

Fonte: Tribuna Catarinense - 25-10-2008


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