Os médicos que atuam na rede estadual de Saúde decidiram, em Assembléia Geral realizada no dia 19 de julho, na sede da ACM, em Florianópolis, acatar a proposta do COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médicas do Estado de Santa Catarina), favorável aos termos do documento enviado pelo Governo do Estado, onde diz que "com relação à gratificação de atividades médicas em unidades de Emergência (Pronto Socorro) e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), (...) concederá o valor correspondente a 50% do nível 13, referência A (Anexo III) da Lei Complementar 323/2006, aos médicos com efetivo serviço prestado nas áreas críticas acima, e concomitantemente façam no mínimo 80 horas/mês nas respectivas áreas críticas".
Com essa proposta aceita, resta apenas uma reivindicação da categoria, referente ao PCV (Plano de Carreira e Vencimentos), a ser negociada com o Governo: o reajuste de 200% no piso de R$ 1.200,00 aprovado pela Assembléia Legislativa, em fevereiro, a fim de chegar ao valor do Piso Salarial da FENAM (Federação Nacional dos Médicos), que é R$ 3.353,33.
Essa questão será discutida em reunião da Comissão de Negociação, formada por representantes do Governo e do COSEMESC, marcada para o dia 16 de agosto.
Durante a Assembléia, Dr. Cyro Soncini, representante do COSEMESC na Comissão de Negociação, fez uma avaliação da paralisação nos dias 27 e 28 de junho. Segundo ele, o movimento foi um sucesso e chegou a atingir um maior número de médicos que o anterior, realizado nos dias 09 e 10 de maio. Deste vez, a paralisação atingiu 95% da categoria.
Ao encerrar o evento, o novo Presidente do SIMESC, Dr. João Pedro Carreirão Neto, lembrou que agora, mais do que nunca, é necessária a mobilização da categoria, a fim de conquistar o mais importante item da pauta de reivindicações, que é o Piso Salarial Nacional defendido pela FENAM e pelos Sindicatos Médicos de todo o País.