Os três últimos episódios ocorridos no Hospital das Clínicas de São Paulo, que, em menos de um mês, teve dois incêndios e um curto circuito no prédio dos ambulatórios, acelerou a decisão da diretoria da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) de buscar uma forma de fiscalizar, juntamente com os sindicatos da categoria, as dependências de várias unidades de saúde em todo o país. O que a Fenam quer é verificar em que condições os médicos e demais profissionais da saúde estão atendendo aos usuários e que risco eles correm durante o desempenho de suas atividades. Conforme a gravidade do caso, a entidade pode até pedir a interdição de todas as unidades de saúde que não oferecerem as condições de segurança adequadas a médicos e usuários.
“Trabalhar em ambientes que não oferecem segurança, tanto aos médicos e a outros trabalhadores da saúde quanto aos usuários, compromete a qualidade do serviço e coloca em risco a integridade física de profissionais e da população”, argumenta o presidente da Fenam, Eduardo Santana, que nesta quinta-feira (24/01) se reúne com a diretoria da Federação para discutir as medidas que a entidade vai tomar no sentido de buscar soluções para o problema, considerado de muita gravidade pela Fenam.
Segundo o presidente da Fenam, a entidade deverá formar uma comissão de vistoria para se reunir com dirigentes de sindicatos médicos e também de profissionais da área de engenharia de todo o Brasil, e depois relacionar os hospitais a serem visitados, primeiramente os que já apresentam problemas em suas instalações, de acordo com dados que serão fornecidos pelas entidades locais. “Conforme a gravidade do caso, a Fenam vai pedir a interdição de todas as unidades de saúde que não oferecerem as condições adequadas”, afirmou Eduardo Santana.
Fonte: Imprensa Fenam - 23/01/2008