18-03-2008 - Blumenau: Samu fica desfalcado

Durante um mês, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deve trabalhar com uma ambulância a menos. Ao todo, a frota é composta por quatro veículos - três unidades básicas e uma UTI Móvel - , mas o capotamento de uma viatura, domingo, deixou o serviço comprometido. Além disso, a necessidade constante de manutenção da frota contribui para a sobrecarga das equipes. Ontem de manhã, apenas duas das viaturas estavam em funcionamento. Uma ambulância de Timbó precisou ser deslocada para garantir o atendimento na região e retornou ao município ao meio-dia.
De acordo com o médico coordenador do Samu em Blumenau, Rafael Zanardi, os veículos da empresa Iveco, vencedora da licitação do governo federal, apresentam problemas freqüentes. Os serviços de manutenção variam do motor ao freio. Desde fevereiro de 2006, quando o Samu foi implantado em Blumenau, quatro ambulâncias deveriam prestar o atendimento, mas a maior parte do tempo pelo menos uma delas está na oficina à espera de conserto.
- Isso se reflete em prejuízos para a população. Até conseguimos suprir as demandas de emergências, parada cardíaca e respiratória, mas as urgências, os casos clínicos, ficam prejudicados porque demoramos para atender - lamenta.
Segundo Zanardi, o Ministério da Saúde preconiza a troca de ambulâncias somente após três anos de uso ou 300 mil quilômetros rodados. Da frota do Samu em Blumenau, a ambulância mais rodada tem 120 mil quilômetros.

Samu tenta substituição da frota
O serviço vai tentar a substituição de três unidades básicas através do governo federal com comprovação da oficina especializada sobre os constantes reparos. Ainda não há previsão para a troca. Em um mês, a seguradora deve substituir a ambulância que sofreu perda total no capotamento.
- A gente tenta fazer um serviço para realmente ajudar a comunidade. Mas, muitas vezes, não consegue pelas limitações das ambulâncias. A Iveco não é um serviço de emergência, e sim um caminhão de trabalho - reclama o coordenador dos motoristas e ambulâncias do Samu, José Luiz de Andrade.
Zanardi garante que quatro ambulâncias seriam suficientes para atender à região. Mas como uma geralmente está em manutenção, a situação se complica. Ele lembra que há três semanas, apenas um veículo estava em operação já que os outros três aguardavam conserto.

Contraponto
O que diz a empresa Iveco, fabricante das ambulâncias:
A reportagem do Santa entrou em contato ontem com a assessoria de imprensa da empresa, que prometeu avaliar os problemas relatados pelo Samu até o final do dia. No entanto, a assessoria não deu retorno até o fechamento da edição e, à noite, não atendeu às ligações da reportagem.

Fonte: Jornal de SC - 18-03-2008


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