07-07-2008 -Emergência: Central telefônica agiliza atendimento em Blumenau

A partir do mês que vem, vai ficar mais fácil e ágil pedir por socorro aos órgãos especializados nos atendimentos de urgência. Isso porque a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) criou em Blumenau uma estrutura para unir Polícia Militar, Samu, Corpo de Bombeiros, Guarda de Trânsito e Polícia Civil em uma única Central de Comando e Controle de Emergência. A sede será no terceiro andar do 10º Batalhão da Polícia Militar. O mesmo modelo já existe em Balneário Camboriú, Criciúma, Florianópolis e Joinville.
- Temos dificuldade de oferecer estrutura adequada para cada órgão em cada município. Centralizando, ganhamos em qualidade de atendimento. A idéia é colocar tecnologia melhor para todos em um único espaço - explica o coronel Vanio Luiz Dalmarco, coordenador técnico para Implantação das Centrais de Comando e Controle de Emergência da SSP.
A tenente Patricia Maccari, responsável pela Central de Emergência de Blumenau, avisa que a estrutura será composta por oito telefonistas e oito despachantes, profissionais especialistas de cada órgão de emergência. Quando a pessoa ligar para um dos números, automaticamente será atendida pela telefonista, que encaminhará a ocorrência para o setor específico que deve fazer o atendimento. Com isso, evita-se, por exemplo, que o solicitante erre a quem recorrer na hora de pedir socorro, já que todos os números de emergência vão cair em uma única Central.
A estrutura física da sede está sendo montada e deve ficar pronta até agosto, prazo para que a Central comece a operar. Os equipamentos também já foram adquiridos. Assim que tudo estiver pronto, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) será transferido para lá e os demais órgãos serão convidados a se instalar no local.
Conforme Dalmarco, PM, Bombeiros e Samu devem ser os primeiros a ser transferidos. No total, foram gastos R$ 450 mil para montar a estrutura em Blumenau. Os recursos vieram da Secretaria de Segurança Pública e do Fundo Municipal de Segurança.

Como vai funcionar 
- A Central de Emergência será composta por oito telefonistas e oito despachantes (especialistas de cada órgão) para atender às emergências da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Samu, Guarda de Trânsito e Polícia Civil. Inicialmente, os policiais contratados temporariamente vão ocupar as vagas de telefonistas 
- Quando a pessoa ligar para qualquer um dos números de emergência, a telefonista é quem vai atender. Ela fará o atendimento prévio, através de perguntas que deverão ser respondidas pelo solicitante e, em seguida, encaminhará a ocorrência ao despachante do órgão especializado para atender à emergência. Os dados serão enviados ao despachante imediatamente pelo computador 
- Se, após ler as perguntas do atendimento prévio, o despachante ainda tiver dúvidas, ele conversará mais uma vez com o solicitante pelo telefone. Caso contrário, o funcionário encaminhará imediatamente a(s) viatura(s) necessária para atender à ocorrência 
Repercussão 
O Copom recebe, em média, 1,2 mil ligações por dia. Só 150 delas geram ocorrências. Esse filtro vai ser feito pelas telefonistas e os policiais vão ficar livres para orientar viaturas, fazer o serviço de rádio e fechar ocorrências. 
Patricia Maccari, tenente da Polícia Militar responsável pela Central de Emergência 
A Central única é um sistema que integra. Mas para nos juntarmos dependemos de um maior efetivo. 
Um policial na central atuaria no suporte de viaturas por rádio e no contato com as equipes de investigação. 
Rodrigo Marchetti, delegado regional de Polícia Civil 
Acho a aproximação com o Samu interessante. Mas com a polícia não é necessário. O modelo que nós temos hoje está funcionando. A comunidade já entendeu o processo. 
Carlos Olímpio Menestrina, comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar 
Vai facilitar o atendimento para a população. 
Quando a pessoa ligar, haverá maior facilidade de redirecionar a ocorrência para o órgão competente. 
Maria Beatriz Silveira Schmitt Silva, coordenadora do Samu da macrorregião do Vale do Itajaí 
Ainda não fui comunicado sobre a proposta. Teria que conhecer o projeto, ver qual o formato, para analisar se a Central será viável para a Guarda de Trânsito. 
Ivonei Leite, gerente da Guarda de Trânsito 

Fonte: Jornal de SC - 07-07-2008


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