21-07-2008 - Blumenau: Mortalidade infantil atual caiu em relação a 1998

Com índice médio de 11,4 detaxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2007, Blumenau tem apresentado variação no coeficiente nos últimos anos. Em 2005 e 2006, a cidade registrou 5,4 e 6,8 de taxa, respectivamente. Já em 2007, o CMI subiu para 10,5.
A secretária de Saúde de Blumenau, Elisabete Ternes, explica que o coeficiente de mortalidade infantil pode sofrer consideráveis alterações de ano para ano em virtude de diversos fatores, incluindo pré-natais, perinatais e pós-natais. Em 1998, por exemplo, o índice era mais elevado: 16,7.
A secretária garante que os óbitos de crianças menores de um ano não têm relação restrita à atenção primária à saúde ou mesmo à assistência pós-natal, mas podem ser decorrentes de inúmeros fatores. “Entre 2005 e 2006, houve redução expressiva, considerando-se os óbitos menores de um ano e os nascidos vivos que tendem a reduzir anualmente em Blumenau”, diz. Lembrou, para exemplificar, que a taxa de mortalidade infantil, no ano 2007, em Blumenau, era de 10,5, enquanto Santa Catarina registrou 13,3 e a média nacional foi 24,6.
No ano 2007, segundo ela, observou-se um aumento em relação aos anos anteriores devido a intercorrências durante o parto ou mesmo em decorrência de má formação congênita.
Ela lembra que em 1998 houve 77 mortes de crianças com até 1 ano e no ano seguinte 50, contra 40 registrados no ano passado. “Nos últimos 13 anos, houve redução significativa do coeficiente de mortalidade infantil”, reforça Elisabete, informando que as más formações congênitas podem ser explicadas pela gravidez tardia - após os 30 anos.

Adolescentes grávidas
Em relação ao crescimento do número de adolescentes grávidas em Blumenau nos últimos quatro anos, Elisabete diz que é uma tendência mundial, já que os jovens estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo. Ela informa, porém, que o número é compatível com o crescimento populacional do Município. “Em 2000, por exemplo, Blumenau tinha 261 mil habitantes e 706 casos de adolescentes grávidas. No ano passado, registramos 524 casos para uma população de mais de 292 mil”, exemplifica.
Elisabete foi enfática ao afirmar que o problema está relacionado diretamente à erotização da sociedade, o que não cabe ao setor de saúde do Município combater. A secretária informa que os adolescentes não aderem aos programas de saúde da rede pública.

Fonte: Folha de Blumenau - 21-07-2008


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