Faltam doadores de órgãos para o Hospital e Maternidade Jaraguá. Embora o hospital esteja credenciado junto ao Ministério da Saúde desde 2005 para a captação, com infra-estrutura, equipamentos e pessoal, nenhum órgão foi doado. Para sensibilizar as pessoas, a direção do hospital lançou uma campanha em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
A psicóloga Ana Cláudia Padilha, que integra a equipe de captação de órgãos, conta que os profissionais fizeram o treinamento padrão do Ministério da Saúde em 2005 e 2006. Em 2007, eles receberam a visita da equipe da Central de Transplantes de Florianópolis. De acordo com Ana Cláudia, até 31 de maio, a lista de espera da Central somava 1.336 pessoas: 913 precisavam de córneas, 265 de rins, 78 de fígado, 46 de ossos, 23 de medula óssea, nove de coração e dois de rim e pâncreas.
O grande desafio da equipe de captação é conscientizar a população sobre a importância de ser doador para salvar outras vidas.Essa decisão deve ser informada à família. O transporte do órgão fica a cargo da central de transplantes. Para o diretor administrativo do Jaraguá, Hilário Dalmann, é preciso vencer preconceitos para conseguir doadores de órgãos.
Você doaria seus órgãos?
Uma vez o médico disse que não poderia doar minhas córneas porque tenho problema. Mas estou disposto a doar os outros órgãos.
CLAUDEMIR JUNGES, 39, caldeireiro.
Com certeza. Minha identidade tem o carimbo de doador de órgãos (registro deixou de ser feito em 2001). Minha família está informada disso.
ORLANDO EHMKE, 47 anos, mecânico de manutenção.
Sim. Seria doadora porque sei que poderia salvar uma vida. Pretendo formalizar isso e avisar a família.
LUCI TROCADI, 31, auxiliar financeiro.
Não sei se seria capaz de doar. Ainda não decidi sobre isso. Mas acho legal pelo fato de poder salvar a vida de outras pessoas.
ALINE PERSCH , 14, estudante.
Fonte: AN Jaraguá- 25-06-2008