A ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Jaraguá do Sul percorreu em junho mais de 7 mil quilômetros para fazer apenas 70 atendimentos.
Para os profissionais do sistema, as grandes distâncias até ao paciente e os chamados que poderiam ser evitados com prevenção reduzem a eficiência do atendimento.
O tempo é precioso para um serviço de urgência e, segundo a enfermeira Leila Maria Silva Martins, grande parte dele é desperdiçado no trânsito. Ela conta que na última quinta-feira, por exemplo, a ambulância equipada como uma UTI ficou 13 horas na estrada para transportar um paciente. A situação ocorre porque a unidade de Jaraguá presta atendimento para o Planalto Norte de Santa Catarina.
- Muitas vezes temos que sair de Jaraguá para buscar um paciente em Mafra e levá-lo para Joinville.
A gerente regional de Saúde, Aline Mainardi, destaca outro agravante: nenhum dos hospitais da região do Planalto Norte é referência em uma especialidade, e o protocolo do Samu exige que o paciente seja transportado ao serviço especializado. Para cumprir o protocolo, os pacientes são levados a Joinville ou Florianópolis.
Outro problema apontado pelos profissionais é a chamada para casos que poderiam ser resolvidos no pronto-atendimento ou no posto de saúde se fosse investido mais em prevenção. A gerente estadual do serviço, Cristina Machado Pires, lembra os casos de hipertensos ou diabéticos, que chegam ao estágio de urgência, porque não foram prevenidos.
Fonte: Diário Catarinense - 10-07-2008