O afastamento dos diretores da Fundação Hospitalar Filantrópica e a suspensão do contrato com uma empresa de São Paulo não refletiram nos serviços médicos do Pronto-Atendimento (PA) de Barra Velha, no Litoral Norte.
Ontem, o local funcionou normalmente. Maria da Graça Rubik, 54 anos, nem precisou esperar por muito tempo para entrar no consultório. Única na sala de espera por volta das 10h, ela foi atendida em menos de cinco minutos.
O secretário municipal de Saúde, Maurício Coimbra, nomeado interventor na administração do PA e da fundação, disse que o único setor que parou foi o de raio-X porque foi necessário fazer um novo contrato. Os exames devem recomeçar amanhã, segundo Coimbra.
O pedido de afastamento da direção da Fundação Hospitalar Filantrópica e da empresa partiu do Ministério Público Estadual (MPE).
A promotora Luciana Schaefer Filomeno disse que encontrou irregularidades no contrato que a fundação fez com a OMS Apoio à Gestão de Saúde e Transporte Ltda., de São Paulo, entre eles a ausência de processo licitatório para terceirizar a administração.
O MPE ainda diz que há má gestão e falta de transparência nos gastos da fundação e há denúncias, que deverão ser apuradas, de desvio de dinheiro público na compra de remédios.
A Justiça aceitou o pedido do MPE e decidiu afastar os diretores por 180 dias. Uma auditoria deve ser feita nesse período.
O prefeito de Barra Velha, Valter Zimmermann, afirmou que o Executivo vai entrar com uma ação para derrubar a decisão até a próxima semana. A prefeitura tem 15 dias para entrar com recurso.
Fonte: Diário catarinense - 27-03-2008