01-04-2008 - Joinville: Outra fila para paciente vencer

Não bastasse a fila dos transplantes e a dificuldade para se conseguir um órgão compatível, os médicos da Fundação Pró-Rim, em Joinville, enfrentaram um novo problema para realizar uma operação. Um paciente que estava vindo de Imbituba para passar por um transplante de rim, demorou cerca de cinco horas para chegar ao hospital. Ele ficou parado na BR-101 por causa das obras da ponte em Navegantes. Com o trânsito normal, a viagem deveria durar cerca de três horas. O episódio ocorreu no dia 25 e deixou a Fundação em alerta.
Segundo o diretor clínico, Hercílio Alexandre da Luz Filho, se voltar a ocorrer algo parecido, a Pró-Rim pedirá ajuda à Polícia Militar para que se faça o transporte do paciente com um helicóptero. "Vamos tomar essa medida para evitar complicações. No caso de transplantes de órgãos retirados de cadáveres, é necessário fazer a operação o mais rápido possível", explica.
O rim demorou 25 horas para ser transplantado, o tempo ideal seria de no máximo 20 horas. Conforme o diretor, o órgão que fica mais de 24 horas sem ser transplantado começa a sofrer de necrose tubular aguda, que é uma destruição das células. Todo o rim de cadáver passa por esse processo, mas se o tempo de espera for muito grande, o funcionamento do órgão no corpo do transplantado será mais difícil. Nessas cirurgias, o rim demora cerca de três semanas para voltar a funcionar plenamente.
O quadro clínico do transplantado é considerado bom. Ele está internado, passa por hemodiálises, mas já começou a urinar, prova que o rim já está recuperando as funções. As obras de recuperação da passarela de pedestres da ponte sobre o rio Itajaí-açu começaram em fevereiro e devem terminar em maio.

Fonte: AN - 01-02-2008


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