Servidores públicos da Saúde estadual entraram em estado de greve ontem. A presidente do sindicato da categoria (Sindisaúde) em Florianópolis, Edileuza Garcia Fortuna, garante que até o dia 22 de abril - quando a categoria se reúne com o governo - não haverá paralisações em hospitais e outras unidades de saúde do Estado. "É uma forma de chamar a atenção para nossas reivindicações."
Na lista de exigências, está a correção da data-base, do vale-alimentação, da 13ª hora noturna, do sobreaviso, plano de carreira, entre outros. Cartazes e adesivos distribuídos a unidades de todo o Estado reforçam os itens. Uma das delegadas do sindicato em Joinville, a técnica em enfermagem Nádia Regina Roussenq, da Maternidade Darcy Vargas, diz que funcionários de sobreaviso (plantão no fim de semana) recebem de R$ 200,00 a R$ 300,00 por mês. "É pouco, porque há profissionais, principalmente do raio-x e da ultra-sonografia, que viram o sábado e o domingo aqui dentro."
A presidente do sindicato diz que ainda não há dados sobre a mobilização da categoria no Estado, mas diz que a idéia é sensibilizar o maior número de trabalhadores e os usuários com ações de saúde. Uma delas vai ocorrer no dia 18 de abril, durante as comemorações de 61 anos da Maternidade Darcy Vargas, em Joinville.
De acordo com a representante regional do sindicato na cidade, Juçá Montibelle, os usuários não serão prejudicados. "O protesto é para que a categoria seja atendida pelo governo", explica.
Em Florianópolis, os servidores distribuíram panfletos e atenderam à população em frente ao Hospital Celso Ramos. Mas o movimento não paralisou nenhum serviço.
O que diz o governo
Em comunicado, a secretária interina da Secretaria de Estado da Saúde, Carmem Zanotto, diz que o governo reconhece as reivindicações do sindicato. "A secretaria já encaminhou as demais propostas para a Secretaria de Estado da Administração e o comitê gestor", informa. Sindicato e secretaria aguardam a negociação do dia 22 para novas decisões sobre o assunto.
Fonte: AN - 11-04-2008