A novela que envolve o Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante de Joinville deve ter um novo capítulo na semana que vem. A Secretaria Estadual de Saúde promete anunciar até quarta-feira, dia 23, o nome da organização social que vai administrar a instituição. Essa definição estava inicialmente prevista para janeiro e até agora ainda não saiu.
A secretaria pretende definir os últimos detalhes hoje, numa reunião em Florianópolis entre a diretora-geral do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Ana Maria Jansen, e a secretária-adjunta da Saúde, Carmem Zanotto. Três empresas disputam a administração do hospital, inaugurado parcialmente em 2006. A assinatura do contrato de transferência deve ocorrer em maio.
O governo mantém em sigilo, mas extra-oficialmente especula-se que três empresas estão no páreo para receber R$ 3,5 milhões mensais para administrar o hospital. Considerado uma obra inacabada, o hospital infantil funciona atualmente com seis leitos de UTI neonatal, dez leitos de oncologia e 29 leitos pediátricos. A organização escolhida terá 90 dias como meta fazer funcionar imediatamente 123 leitos. Mas o desafio não pára por aí. A entidade terá ainda que conseguir no Ministério da Saúde o credenciamento para oferecer atendimento de alta complexidade nas áreas de cardiologia e neurologia infanto-juvenil (até 18 anos).
Funcionamento pleno será apenas em 2009
A estratégia do Estado de transferir a administração do hospital para uma organização social foi construída com o argumento de que o poder público não tem como ativar totalmente a unidade, com contratação de funcionários e equipamentos médicos. Mesmo com essa nova guinada, apenas em 2009 há a projeção de seu funcionamento pleno. O hospital tem uma área de 25 mil metros quadrados e custou cerca de R$ 55 milhões.
Fonte: Diário Catarinense - 17-04-2008