22-04-2008 - Servidores estaduais da saúde fazem manifestação em Joinville

Com camisetas, cartazes e adesivos ilustrativos, além de um carro de som os servidores estaduais da saúde realizaram durante todo o dia de ontem manifestação, divulgando que estão em estado de greve, na frente dos dois hospitais estaduais da cidade.
Ao todo cerca de 14 mil funcionários estão mobilizados a favor da manifestação em todo a Santa Catarina. Apenas em Joinville esse número chega a 1.400. Ontem pela manhã, os representantes estaduais da categoria estiveram fortalecendo o movimento na Maternidade Darci Vargas. Naquele local, aconteceu a distribuição de panfletos e discursos do sindicato. À tarde, a mesma atividade foi organizada na frente do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt.
De acordo com a presidente do Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Pública Estadual e Privados), Edileuza Garcia Fortuna, os trabalhos de mobilização para a formação de um estado de greve iniciam no dia 26 de março. “Estamos revoltados com o sucateamento do serviço público da saúde. Sem falar nos outros benefícios que o governo está nos devendo. Por isso, estamos mobilizando todo o estado. Na próxima terça-feira o governo deve nos dar uma resposta sobre nossas reivindicações”, explica.
A presidente finaliza dizendo que dependendo da resposta do governo estadual, uma greve geral da categoria não está descartada. “Tudo vai ser definido na terça-feira. Se o governo não sede vamos cruzar os braços, e a saúde, que já anda a passos lentos, vai parar”, ameaça.
Mesmo com toda a manifestação os serviços, tanto do HR quanto da maternidade forma mantidos normalmente.

Reivindicações
A luta dos servidores é para que o governo seda e considere os seguintes pedidos:
- Reajuste salarial de 31,77%, baseado na defasagem de dois anos.
- Reajuste no valor do vale alimentação de 61%. Hoje o VA é de R$6.
- Enquadramento na tabela salarial de mais de mil trabalhadores, bem como o comprimento do plano de cargos e salários, que o governo acertou com os servidores e ainda não cumpriu.
- Pagamento da 13ª Hora noturna, que esta em atraso por parte do governo estadual.
- A suspensão das terceirizações do serviço de lavanderia e cozinha dos hospitais.
- Os manifestantes também são contra a privatização do Hospital Infantil, que vem sendo comentada por dirigentes da saúde no estado.

Fonte: Gazeta de Joinville - 20-04-2008


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