Depois de cinco meses da abertura do processo de escolha e de quatro adiamentos de datas, a Secretaria de Estado da Saúde anunciou a organização social Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba (PR), para assumir o Hospital Materno-infantil Dr. Jeser Amarante Faria, de Joinville.
A secretária adjunta da Saúde, Carmen Zanotto, não quis especificar datas para a assinatura do contrato e para o início dos trabalhos. Também não se falou em valores. Mas, segundo o diretor-executivo da organização, Eduardo Blanski, o objetivo é colocar o hospital em funcionamento pleno em 10 meses:
- O que posso dizer é que trabalharemos intensamente com o Estado de Santa Catarina para formalizar tudo isto dentro do menor tempo possível.
As implementações dos serviços devem ser gradativas e começar pelas áreas de menor complexidade, como internação clínica, até chegar a áreas como a cardiologia infanto-juvenil (de zero a 18 anos).
O Hospital Nossa Senhora das Graças funciona desde 1953 e atende áreas de alta complexidade médica. De acordo Blanski, o local é referência nacional e internacional em transplantes de medula óssea.
A instituição é filantrópica, ligada à Congregação Filhos da Caridade de São Vicente Paulo, e administra também a Maternidade Mater Dei, responsável por cerca de 600 partos mensais na capital paranaense.
Carmen Zanotto afirmou que a escolha levou em conta quesitos como a hemodiálise ambulatorial infantil (filtragem de sangue que não requer internação), inédita no Estado.
Hoje, apenas o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, faz o atendimento no Estado, mas só em casos mais graves, mediante internação.
Todas as vagas serão para trabalhadores da região
Assim que a organização assumir, a transição da equipe de funcionários deverá ser feita em três meses.
- Não há negociação para que haja funcionários do Estado. Os contratos serão feitos via Consolidação das Leis do Trabalho - explicou Blanski.
Uma boa notícia para a cidade é que 100% das vagas devem ser preenchidas por profissionais de Joinville e região. Além disso, a intenção é priorizar o atendimento público pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Diário Catarinense - 07-05-2008