Prefeito apresentou três exigências ao cirurgião-dentista que assumiu o comando da unidade em JoinvilleO novo diretor-geral do Hospital Municipal São José, de Joinville, recebeu três missões do prefeito Marco Tebaldi (PSDB) ao assumir o cargo, ontem, durante a cerimônia de posse. Cirurgião-dentista, Ary Giovanni Santangelo, de 61 anos, terá as tarefas de humanizar o ambiente e o atendimento do pronto-socorro; ampliar o número de leitos; e corrigir a demanda reprimida de consultas e de cirurgias.Por ser referência na região em tratamento de traumas, o pronto-socorro do São José sofre de um problema crônico: a superlotação. A ocupação chega a 165% em determinadas épocas.
Anualmente, o hospital movimenta R$ 60 milhões - metade do valor vai para pagar o salário dos 1.070 funcionários. Com 222 leitos, desde internação clínica até Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e especialidades, o São José recebe, em média, 300 mil pacientes por ano.
Santangelo assumiu o cargo deixado pelo médico Jaime Ferreira há uma semana. O novo gestor atua no hospital há 36 anos. Iniciou em 1972 como sobreaviso do pronto-socorro e no antigo ambulatório. Foi coordenador do ambulatório e do departamento buco-maxilo-facial (sua especialidade, voltada a traumas de boca, maxilares e face). Também tem formação na área de administração hospitalar.
"A responsabilidade é grande, mas espero fazer um bom trabalho, dar conta da demanda", disse Santangelo ontem.
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Mais uma tarefa
A ativação total do Complexo Emergencial Ulysses Guimarães, prevista até dezembro, deverá ser conduzida pelo novo diretor do Hospital São José.
13-05-2008 - "Há muito o que ser feito"
Entrevista: Ary santangelo, diretor do Hospital São josé
Como o senhor avalia o hospital neste primeiro dia como novo diretor?
Há muito o que ser feito. Já levantei problemas de manutenção hoje (ontem). Com a proximidade das eleições, a vinda de verbas e melhorias se tornam mais limitadas, mas tentaremos contornar as dificuldades com readequações dos setores.
O prefeito fez determinações ao senhor. Como pensa em solucionar a superlotação do pronto-socorro?
Temos que rever questões de escalas de pessoal, horários e outros fatores, já que a demanda de atendimento é grande. Uma das medidas é tentar agilizar os procedimentos e readequar o trabalho da equipe para evitar a superlotação.
Como pretende melhorar o agendamento de consultas e exames?
Isso passa pela informatização e depende de manutenções. Muita coisa ainda é feita no papel, não temos computadores. É complicado informatizar tudo agora, mas temos que encontrar saídas dentro das limitações.
E a ampliação do número de leitos, principalmente dos desativados no quarto andar, como será resolvida?
A melhoria precisa passar por licitação. Essa parte do hospital está comprometida. O prefeito deu um prazo de 60 dias para a melhoria. É um trabalho complexo, teremos que estudar as possibilidades junto com a Prefeitura e Secretaria de Saúde, para termos certezas em mãos.
Fonte: AN - 13-05-2008