A partir de domingo, dia 1º, o pronto-socorro do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt passa a atender apenas casos de emergência e que já tenham referências de unidades básicas de saúde. A determinação foi comunicada na manhã desta quarta-feira, pela diretor geral Ana Maria Jansen.
Apenas atendimentos vindos de postos de saúde, PAs, outros hospitais ou Serviço Móvel de Urgência (SAMU) serão recebidos. A decisão, porém, não é radical, segundo a diretora.
— Será uma mudança gradativa. Não fecharemos as portas a quem porcura o hospital. Apenas orientaremos as pessoas que não sejam um caso de urgência ou emergência a procurarem primeiro um posto de saúde — informa.
Um dos motivos para a mudança foi a reclamação, recentemente, de que vários pacientes estariam recebendo o mesmo medicamento (Paracetamol) no pronto-socorro.
O Hospital pretende conversar com a Secretaria Municipal de Saúde e com os Conselhos de Saúde dos bairros. O objetivo é reduzir o percentual de uso da emergência, que hoje é de 44%, para 15%, de acordo com parâmetros do Ministério da Saúde.
29-05-2008 - Maternidade tem a mesma dificuldade
Na Maternidade Darcy Vargas o problema é o mesmo, segundo o diretor Paulo Roberto Furlanetto. O local é voltado a atender mães em trabalho de parto ou com alguma complicação na gravidez, mas recebe outros casos. Isso explica, segundo ele, os transtornos enfrentados por grávidas no ambulatório, no agendamento de exames e até na ala de partos.
O volume de partos também tem sido grande. Só no dia 25 deste mês foram 25 partos. Como as mães ficam em média 48 horas no hospital, os quartos vivem cheios e falta vaga - são 126 leitos ao todo. Furlanetto recomenda que, no caso de dores, as grávidas procurem os postos de saúde. "Se necessário, eles encaminharão a mãe à maternidade", diz.
Fonte: AN - 29-05-2008