Onde arrumar médico?
O pronto-atendimento do bairro Aventureiro se transformou em enxaqueca depois dos 40: só vai piorar com o passar do tempo. A obra já era para ter sido inaugurada, atrasou, mas nem é o pior problema. No quadro previsto de 160 servidores, 60 serão médicos. Mas na rede pública faltam 86 médicos. Emergencialmente, estão sendo contratados 25, principalmente plantonistas, mas está difícil. Teve campanha até em jornais do Rio de Janeiro e São Paulo e não apareceu muita gente. Seja como for, vão ficar vagas em aberto, principalmente em especialidades com menor procura.
Onde a Prefeitura de Joinville vai arrumar outros 60 médicos para o PA do Aventureiro? Com a carência, a inauguração integral vai ficar para 2009, pelo menos. Se é que o projeto não será "redimensionado" para atender a um número menor de pessoas. O caso do PA é apenas um exemplo: se a rede pública não consegue preencher as atuais vagas, como poderá ampliar o atendimento no futuro? Será possível criar novos postos de saúde? Quanto às demais áreas profissionais da saúde, como enfermeiros, técnicos em enfermagem, dentistas, tem mão-de-obra. Não sobrando, mas o suficiente para atender à demanda
Cirurgias
Na primeira reunião com todos os gerentes e coordenadores da Secretaria da Saúde, o prefeito Marco Tebaldi - também secretário interino - pediu apoio do pessoal na reta final de seu mandato. Nesta semana, será anunciada a liberação de cirurgias de oftalmologia, dermatologia, neurologia, cardiologia e ortopedia.
Mais leitos
O prefeito também quer anunciar a oferta de mais leitos, mas espera definições no São José e no Regional Hans Dieter Schmidt. Uma das medidas em estudo é criar um programa de atendimento familiar, com famílias sendo preparadas para receber os pacientes em casa.
O Ministério da Saúde liberou na sexta-feira mais 20 equipes para o Programa de Saúde da Família. Hoje, com 48 equipes, apenas 31% da população tem cobertura do programa. Com as novas turmas, vai passar de 50%. A cobertura do Programa de Agentes Comunitários (PACs) é de 44%. Esses dados são da Secretaria Municipal de Saúde. No Ministério da Saúde, as informações são diferentes: de acordo com o último levantamento, de fevereiro, o PSF cobre 23% e o do PACs, 25%.
Fonte: Blog do Saavedra - 14-07-2008