05-08-2008 - Joinville - O Diagnóstico da Crise: Falta médico no regional

Especializado em emergências clínicas, como a cardiologia, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, administrado pela Secretaria de Estado da Saúde, atende toda a região Norte do Estado. Profissionais da instituição de Joinville reclamam das más condições de trabalho, do excesso de carga horária e das horas-plantão.
O pronto-socorro é o setor que mais sente a falta de médicos. Três processos seletivos foram abertos desde o começo do ano e não houve inscrições suficientes para setores importantes da emergência, como a clínica geral.
A dificuldade motivou a diretoria a fechar as portas do pronto-socorro, em maio, para casos que não fossem de emergência, como consultas, o que superlotou os Pronto Atendimentos (PAs) municipais. *O atendimento pediátrico também sofre por causa dos atrasos na ativação plena do Hospital Infantil Jeser Amarante Faria.
Crianças já chegaram a ser internadas e ficar sob observação até na sala de anestesiologia, por falta de vagas disponíveis para internação no município.
Já o Hospital Municipal São José, em Joinville, que é referência em traumas, tem o pronto-socorro mais "nervoso" da cidade. É para lá que vão as pessoas com fraturas e ferimentos graves, a maioria, acidentados no trânsito. *Apesar de municipal, o hospital recebe pacientes de toda a região Norte de Santa Catarina. Por conta disso, a emergência convive com a superlotação. A taxa de ocupação do pronto socorro chega a 165%.Os quartos de internação comum e UTI também sofrem com a falta de vagas.

Novo complexo deve amenizar dificuldades
O Complexo Emergencial Ulysses Guimarães, um setor com 222 novos leitos, que deveria ter sido inaugurada no dia 9 de julho, na tentativa de amenizar o problema, ainda está em obras.
A prefeitura acredita que serão necessários mais 90 dias para colocá-lo em funcionamento. Outros setores, como a radiologia, também aguardam ampliação.

Fonte: Diário Catarinense - 05-08-2008


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