07-08-2008 - OS que irá administrar Hospital Infantil de Joinville deve assumir neste sábado

De acordo com a diretora do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Ana Maria Jansen, a organização social que vai administrar o Hospital Materno-infantil Jeser Amarante Faria deve assumir no próximo sábado de manhã — quando será finalmente assinado o contrato com o governo estadual — o compromisso de deixar a unidade em pleno funcionamento no prazo de nove meses. Isso inclui os 123 leitos que faltam (de um total de 168) e as unidades pediátricas especiais: neurologia, cardiologia e de queimados.
Se isso acontecer, será o fim de uma espera de mais de dez anos desde o início da construção do hospital em Joinville, obra em que foram investidos R$ 55 milhões só na construção. Ainda segundo Ana Maria, detalhes jurídicos atrasaram a assinatura do contrato com o Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba (PR). A organização foi escolhida no início de maio, após um processo de seleção. Ela diz que, já nessa etapa, já haviam sido avaliadas a questão financeira (o valor do repasse do Estado) e de qualidade técnica da organização. Faltou que o governo e a organização entrassem num acordo quanto às cláusulas jurídicas, afirma a diretora.
A cautela foi necessária porque o contrato do Hospital Infantil é diferente dos que já existem entre o governo estadual e as organizações que administram o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon) e o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc).
— O modelo de contrato do hospital infantil prevê o repasse mensal por meio de um cálculo sobre um pacote de metas quantitativas e qualitativas, que vão ser revistas a cada três meses. O cálculo é feito a partir de um valor determinado por leito. Demoramos porque, por ser um formato novo, precisávamos de garantias de que haveria continuidade dos serviços, e que, lá na frente, nem as instituições nem a população fossem prejudicados — afirma Ana Maria.
Apesar de não querer adiantar valores exatos, a diretora diz que o repasse para a organização tem repasses próximos ao custo, por leito, do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. O Joana de Gusmão é o hospital de referência estadual no tratamento de pacientes de zero a 18 anos. Quando estiver funcionando, o Jeser Amarante dividirá a demanda estadual com o hospital da Capital.
Por enquanto, o hospital infantil de Joinville apenas funciona parcialmente. Há seis leitos na UTI pediátrica, dez na oncologia pediátrica e 29 leitos pediátricos. Falta tirar do papel o centro cirúrgico, o ambulatório, a emergência, o pronto-socorro, a UTI neonatal e as unidades especializadas. De acordo com a diretora, o hospital já dispõe de 70% dos equipamentos, que precisam apenas entrar em funcionamento. O quadro de servidores do governo estadual será utilizado, mas outras centenas de funcionários (de um total de quase 700) terão de ser contratados pela organização social.

Fonte: AN - 07-08-2008


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