Suspenso desde outubro do ano passado, o alvará sanitário do Hospital Municipal São José, em Joinville, vai demorar pelo menos mais um mês para ser renovado. A previsão é de que só deve ser liberado em abril, depois que a transferência da farmácia interna for terminada. A Vigilância Sanitária estadual deveria voltar esta semana ao hospital para uma nova vistoria, mas, em função do atraso nas obras, adiou a visita para o mês que vem. Até lá, o São José continua sem o documento que atesta condições de limpeza e segurança.
Segundo a diretora da Vigilância estadual, Raquel Ribeiro Bittencourt, a transferência da farmácia (que estava com problema de cupim, espaço apertado, rachaduras e infiltrações) é o principal fator para que o alvará não seja liberado. A obra já começou, mas só deve ser concluída no fim do mês, segundo previsões iniciais da direção do hospital.
“Acredito que o hospital terá de volta o alvará. Conversei com o Tomio (Tomita, diretor-presidente do São José) na semana passada. As reformas estão ocorrendo e há esforço da direção em resolver os problemas. Mas foi uma posição nossa desde o início vistoriar e liberar o alvará só após a conclusão dos aspectos mais críticos”, diz Raquel.
O hospital não corre o risco de ser interditado por estar credenciado para procedimentos de alta complexidade, segundo a diretora da Vigilância. A interdição acarretaria a falta de leitos a pacientes na cidade. A renovação do alvará sanitário é importante para que o hospital volte a receber repasses federais para algumas especialidades médicas, segundo a Vigilância e o próprio São José.
“A Notícia” tentou contato com o diretor-presidente do hospital, Tomio Tomita, ontem, mas o celular estava desligado. A assessoria de imprensa não retornou ligações. Há cerca de duas semanas, Tomita afirmou que voltaria a falar do assunto – que veio à tona no início de fevereiro – só depois que os problemas para a renovação do alvará estivessem resolvidos.
Fonte: AN - 17-03-2009