30-07-2009 - Joinville: GRIPE A - Primeiro posto, depois hospital

Hospital, agora, só em casos muito necessários. A recomendação da Secretaria da Saúde, que é parecido com o que se fazia para evitar superlotação nas emergências, tem um motivo: reduzir a demanda nos estabelecimentos por conta da gripe A. A orientação é para que somente pessoas com dificuldade para respirar, aliada a outros sintomas (veja quadro), dirijam-se aos hospitais.
A medida, que integra um pacote de ações denominada de fluxo de atendimento, foi anunciada ontem em entrevista coletiva com o secretario da Saúde, Tarcísio Crócomo; o diretor do Hospital São José, Tomio Tomita; e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Tadiana Moreira.
“Os hospitais estão recebendo uma população grande de pessoas com gripe comum, por isso elaboramos um fluxo para dar conta da demanda”, explicou Tadiana.
O fluxo envolve basicamente clínicas particulares e unidades de atendimento básico, como postinhos e pronto-atendimentos. A orientação é para que pessoas com sintomas leves procurem um desses locais para tratamento.
“Com a avaliação dos sintomas, essa pessoa será ou não encaminhada para isolamento domiciliar. Se houver necessidade, haverá um monitoramento do estado clínico”, explicou Tadiana.
A coordenadora diz que esses casos não integram as estatísticas de suspeitos da gripe A, mas passam a ser acompanhados mais de perto, principalmente se envolverem grupos de risco, como grávidas e crianças. Segundo o secretário da Saúde, médicos e enfermeiros estão passando por treinamentos para se ajustarem às rotinas de atendimento.
De acordo com Crócomo, não há como prever se a mudança irá provocar uma demanda excessiva nos postos de saúde, clínicas e pronto-atendimentos. “Talvez o perfil de atendimento mude por conta da nova demanda, mas já temos medidas projetadas para lidar com isso”, destacou.

OUTROS PLANOS 
Mais para frente, se necessário, a secretaria adiantou que poderá implantar postos de atendimento extras que tratem somente de casos de gripe. 
MEDIDAS DE SEGURANÇA 
A Darcy Vargas fez o mesmo que os hospitais Infantil, São José, Dona Helena e Unimed e adotou medidas de segurança para os pacientes e visitantes.

Exames devem demorar
Ontem, havia aumentado para 44 o número de casos suspeitos da gripe A em Joinville. Destes, dez permanecem internados em diferentes hospitais da cidade. Todos aguardam a liberação dos exames para comprovar ou descartar a ocorrência da doença.
Segundo o secretário da Saúde, apenas três laboratórios do Brasil estão credenciados para fazer o exame que comprova ou não a existência do vírus. Dois deles estão em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Havia uma demanda de pelo menos 200 exames, só de Santa Catarina. “E este número pode ter aumentado ainda mais”, disse.
A Secretaria da Saúde da cidade vive a expectativa de que os exames do Estado possam ser encaminhados, em breve, para o Laboratório Central do Paraná, agilizando o processo e reduzindo o período de espera.

PARA ONDE IR 
Quando procurar um postinho? 
Se apresentar sintomas fortes de gripe comum ou sintomas leves. Ou se você faz parte de um grupo de risco (grávidas, crianças e idosos). O doente será monitorado e definido ou não como caso suspeito de gripe A. 
Quando procurar um hospital? 
Se houver dificuldade para respirar aliada a febre alta, tosse, dor de garganta ou problemas gastrointestinais. 

Fonte: AN - 30-07-2009 


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