Foram três licitações frustradas em dois anos, que impediram a construção da casamata que abrigaria no Hospital São José o acelerador linear – um aparelho de radioterapia mais moderno que a bomba de cobalto hoje à disposição dos joinvilenses. Ontem, foi a vez da Câmara de Joinville cobrar da Prefeitura os motivos que levaram a tantos atrasos.
A reunião, realizada no início da tarde no plenarinho da Câmara, contou com vereadores, o secretário de Saúde, Tarcísio Crocomo, e dirigentes do Hospital São José. Foram convidados pacientes que enfrentam o câncer e se submetem ao tratamento antiquado ou viajam a outras cidades em busca de recuperação.
Há duas semanas, a terceira licitação foi encerrada sem que nenhuma das três empresas candidatas saísse vencedora. Nenhuma delas, duas de Joinville e uma de Minas Gerais, estaria habilitada para fazer o serviço, estimado em R$ 1,5 milhão. A nova rodada deve ser iniciada até amanhã, quando a Prefeitura promete iniciar a nova licitação – a quarta, que será feita nos mesmos moldes da última.
O vereador Odir Nunes (DEM), presidente da Comissão de Finanças, que convocou a reunião, questionou a divulgação do edital - feita apenas em jornais estaduais e no site da Prefeitura.
Do secretário, ouviu que o edital segue as regras da legislação. Do diretor executivo do São José, Renato Monteiro, uma sugestão: “Não podemos ligar para as empresas e convidá-las a participar. Mas vocês, vereadores, podem”.
“O mais importante é que o acelerador está aí e os recursos para a casamata, garantidos pelo governo federal”, disse Crocomo.
Fonte: AN - 12-08-2009