17-08-2009 - Saúde em foco em Joinville

Gastos com saúde
Em relatório entregue ao prefeito Carlito Merss, o secretário da Saúde, Tarcísio Crocomo, mostra desempenho superior em despesas na saúde pública neste ano em comparação com os primeiros meses de 2008. Os números, verificáveis no site do Datasus (http://w3.datasus.gov.br/datasus/index.php?area=0202), mostram a realização de 3,2 mil procedimentos ambulatoriais (a coluna fez uma atualização em relação ao que foi entregue a Carlito) contra 2 mil no primeiro semestre de 2008.
Neste ano de 2009, foram gastos R$ 19,5 milhões. Ano passado, no mesmo período, R$ 13,3 milhões. As internações hospitalares passaram de 11,6 mil para 14,7 mil na rede pública de Joinville. Praticamente dobrou a despesa do SUS – quem banca é o governo federal – em internações.

Prova o quê?
Tais números desmentem que o atendimento na saúde tenha encolhido no governo Carlito, como a oposição vem berrando. Mas não provam que a saúde melhorou. Ano após ano, os investimentos têm subido. E a demanda muito mais, dadas as queixas da população.

Cada vez mais
Em 2008, ano em que a saúde foi alvo de pesadas críticas, a rede pública de Joinville consumiu R$ 183 milhões (quase R$ 80 milhões em gastos com pessoal).
No ano anterior, foram R$ 149 milhões, com R$ 61 milhões em despesas com servidores.

A lei manda
O avanço em investimentos no ano passado foi uma obrigação do governo Tebaldi devido ao aumento da arrecadação. Não foi bondade. Saúde tem de acompanhar. Ainda assim, o gasto da Prefeitura de Joinville foi acima do previsto pela lei – já pensou se tivesse cortado algo, para ficar dentro do exigido pela lei, como a coisa não ficaria?

Planos de saúde
De acordo com a Agência Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) adiou por dois meses a adoção das novas regras de contratação de planos de saúde. Há necessidade de adequações em resolução.
A partir de 15 de outubro, quando as novas regras valerem, os planos só poderão ser contratados por empresas, entidades ou associações legalizadas. Não será mais permitido a criação de associações sem validade jurídica para contratar planos de saúde. Leia mais na página 17.

GENTE - Se aumentássemos em 200% o pessoal capacitado para passar informações ainda assim não teríamos como atender a todas as solicitações.

GRIPE - A frase é de uma médica sanitarista, em texto distribuído ontem pela Prefeitura de Joinville. A profissional se refere aos pedidos de palestras sobre a gripe A.

O acelerador linear chegou
Equipamento que ajudará no combate ao câncer foi entregue no sábado ao Hospital Municipal São José
Depois de quase uma década de sonho e polêmica, um equipamento de 13 toneladas que custou US$ 930 mil e ajudará no tratamento de combate ao câncer já está no Hospital Municipal São José (HMSJ), em Joinville. O acelerador linear, um aparelho que funciona como um aparelho de raio X e é mais eficaz que a bomba de cobalto para tratamento por radioterapia, foi armazenado na tarde deste sábado em um galpão anexo ao HMSJ.
A novela do acelerador linear começou há quase dez anos na cidade. Pacientes que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) e precisam de um tratamento mais eficiente contra o câncer buscam alternativas em outras regiões do Estado ou optam pela bomba de cobalto, que opera há 20 anos no Hospital São José. A bomba atinge também tecidos saudáveis e traz efeitos colaterais aos pacientes. O acelerador linear é mais eficaz e exato nos tratamentos de radioterapia.
Mas fazê-lo funcionar não é uma tarefa fácil. O acelerador precisa estar em um abrigo especial, chamado de casamata, com paredes espessas e portas e janelas muito bem protegidas. Com o equipamento já em Joinville, o que falta é justamente a construção da casamata. Na terceira licitação em dois anos para a construção, nenhuma das três empresas foi habilitada para fazer a obra. Na quarta-feira, a Prefeitura abriu um novo processo de licitação, com novo projeto de 270 metros quadrados e orçamento de R$ 1,556 milhão. Se desta vez tudo der certo, o vencedor deve ser escolhido em 15 de setembro.

MAIS AGRESSIVA 
O setor de oncologia do Hospital Municipal São José recebe por mês 500 pacientes que fazem tratamento por radioterapia em Joinville. O equipamento usado é a bomba de cobalto.
 
Longo caminho até Joinville
O acelerador linear foi entregue no começo do mês pelo fabricante, a Siemens, ficou no Porto de Itajaí até a liberação na alfândega. Ele só foi liberado nesta semana e chegou no final da manhã de sábado em Joinville, em um caminhão.
Uma sala dentro de um galpão no São José foi especialmente construída para guardar as 31 caixas, que pesam 13 toneladas. O local terá temperatura e umidade controlados por condicionadores de ar – retirados da diretoria do hospital – , e aparelhos que reduzem a umidade.
Segundo o diretor executivo do hospital, Renato Monteiro, o fabricante afirma que seis meses no ambiente não devem prejudicar o aparelho.
Não há problema de o equipamento ficar parado em uma sala com ar condicionado, desde que fique em um ambiente com refrigeração e umidade controlados. A direção do hospital diz que não há possibilidade de haver um acidente com material radioativo. “ O acelerador linear não tem material radioativo. Não há risco de acontecer algum acidente e afetar as pessoas ” , diz Renato Monteiro.

Postos de saúde até as 22 horas
Seis unidades de Joinville vão funcionar com horário ampliado a partir de hoje
A partir de hoje, seis postos de saúde de Joinville vão ficar com as portas abertas das 7 às 22 horas para atender pessoas com suspeita de gripe A. De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Jeane Vieira, a decisão foi tomada para facilitar o acesso das pessoas ao atendimento. Estes postos funcionavam até às 18 horas e são os que mais têm movimento de pacientes.
“Decidimos que seria melhor fazer vários centros de triagem e não centralizar tudo em um só”, explica. A medida vai evitar que aqueles precisam do diagnóstico de um médico tenham que andar de ônibus, contribuindo para a disseminação do vírus.
As unidades com horário ampliado serão: Vila Nova, Jardim Paraíso, Parque Joinville, Fátima, Boehmerwald 1 e Jarivatuba. “Vamos avaliar esta semana e, conforme a demanda, há possibilidade de levar a medida para outros postos”, diz Jeane.
A Vigilância Epidemiológica do Estado confirmou o primeiro caso de gripe A em Itapoá, Litoral Norte. O paciente foi atendido em Joinville na sexta-feira. Depois de medicado, ele foi liberado e voltou para casa. O órgão não divulgou a idade, sexo e nem o hospital que fez o atendimento.
Durante o final de semana não houve aumento do número de casos confirmados na cidade mais populosa do Estado. Já os suspeitos, que eram 212, agora são 257. Também não foram confirmadas mortes provocadas pela doença em Joinville. No Estado os números se mantêm em oito mortes e 141 casos confirmados.
A estimativa da Vigilância Epidemiológica do Estado é que no final de agosto os casos de contaminação pelo vírus H1N1 atinjam o auge em Santa Catarina, porém, ainda não se sabe o número de pessoas que serão infectadas pela doença. Segundo o diretor do órgão, Luis Antônio Silva, após este período, que deve se estender até início de setembro, a tendência é que o número de pacientes fique estável e, em seguida, diminua. Um dos fatores que pode contribuir com o cenário é o tempo: o frio deve ficar menos intenso.
Para a médica sanitarista Carin Albino, em Joinville o quadro da doença deverá seguir a mesma tendência. “É apenas uma estimativa, que pode ser feita seguindo o comportamento do vírus que causa a gripe.”

Fonte: AN Portal - 17-08-2009


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