Quem precisou de atendimento emergencial no Hospital Municipal São José durante todo o dia de ontem e dependia da máquina de raio X teve de ir a outra unidade de saúde. Isso porque os quatro equipamentos do pronto-socorro estão quebrados. O último deixou de funcionar na manhã de ontem. Até ontem, não se sabia por que a máquina parou de registrar imagens: as chapas simplesmente apareciam em branco.
“Quando chegamos aqui para usar o aparelho percebemos que estava quebrado”, explicou a coordenadora do Centro de Diagnóstico por Imagem do hospital, Vanessa Vieira. O Hospital São José conta com cinco aparelhos de raio X instalados. Quatro ficam no pronto-socorro, no Complexo Ulysses Guimarães. Os espaços são adaptados para atender vítimas politraumatizadas (que sofreram diversas fraturas), que chegam em macas.
As pessoas que sofreram algum acidente de trânsito, por exemplo, precisaram primeiro ser levados ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, no bairro Boa Vista, para depois serem transferidos para o São José.
“Se o paciente chegar com a imagem (raio X) nas mãos, vamos atendê-lo”, garantiu o diretor do hospital São José, Tomio Tomita. Pelo menos sete quilômetros separam o São José, no bairro Anita Garibaldi, do Regional – de carro, a distância leva entre 15 e 20 minutos para ser percorrida.
Segundo Tomita, os atendimentos estavam sendo feito normalmente. Apenas os raio X teriam de ser feitos em outro lugar. Mas como os pacientes politraumatizados normalmente precisam passar por algum procedimento cirúrgico, já ficavam internados no Hospital Regional. A direção do São José acredita que pelo menos um dos equipamentos de raio X deve ser consertado ainda nesta semana.
No Hospital Regional, que precisou atender os politraumatizados, teve aumento no atendimento. Ainda ontem, a direção não conseguiu mensurar em quanto havia aumentado a procura. Mas já confirmou que foram chamados mais funcionários, que estavam em folga, para suprir a demanda. No Regional há quatro aparelhos móveis e dois fixos, todos funcionando.
Na manhã de ontem, três viaturas dos bombeiros chegaram a ficar paradas em frente ao Regional. Traziam três vítimas de acidente de trânsito, que não tinham para onde serem levadas.
Como o Regional não sabia do problema do São José, precisou se organizar para atender os pacientes. “Foram 20 minutos de transtorno, mas depois eles (os funcionários do Regional) atenderam”, disse um bombeiro que preferiu não se identificar.
Fonte: AN - 06-01-2010