Embora Lages não tenha notificado nenhum caso de dengue, a Vigilância Epidemiológica continua intensificando ações preventivas e de fiscalização para o combate ao mosquito aedes aegypti, trasmissor da doença. Mais ainda pelo período favorável para a proliferação que se estende desde janeiro até maio. Esse período corresponde ao aumento de 70% dos casos no Brasil.
A temperatura da região não é propícia para a infestação do mosquito, mas preocupa os órgãos competentes. "Existem casos "importados", ou seja, os doentes foram infectados em outros Estados", explicou a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Odila Waldrich.
Segundo a enfermeira, 14 agentes estão realizando o trabalho por meio de visitas a domicílios e a pontos estratégicos.
Os pontos foram definidos após a elaboração de mapa geográfico do município. "Empresas de transporte, borracharia, ferros-velhos, posto de gasolina e cemitério são os locais que constam como pontos estratégicos. Já as armadilhas são colocadas em hotéis, estabelecimentos comerciais e oficinas entre outros", esclarece. Ainda de acordo com ela, no município há 272 locais que recebem a visita dos agentes e 650 armadilhas, sendo essas com possibilidade de ampliação.
"Estamos em alerta", ressaltou o veterinário da Vigilância Epidemiológica Jacir Pasetto. Ele destaca que estão fazendo a parte que compete ao órgão. Até agora os resultados foram positivos quanto a aceitação e colaboração da população.
Ele lembra que a única forma de combater a dengue é fazer o controle dos pontos e das armadilhas. Basta evitar o acúmulo de água em pratos de vasos, plantas, pneus abandonados, entre outros recipientes.
Quanto às roçadas e remoção de entulhos, serviços que não são da alçada da Vigilância, Pasetto orienta a acionar a Secretaria do Meio Ambiente, que é parceira no combate ao mosquito da dengue. "As denúncias podem ser feitas em horário comercial", avisa.
Evaldo Antônio da Silva é um dos 14 agentes. Ele é responsável por 11 bairros e visita 17 pontos por dia. Ontem ele foi visitar uma padaria do bairro Tributo, onde pôs uma armadilha há mais de um ano. "Toda semana venho conferir a armadilha. E se tiver alguma larva recolho e levo para o laboratório", conta, ao destacar que cada agente cuida em média de 85 armadilhas. "Tem empresas que contam com elas há nove anos".
A capacitação
Há três anos o Estado promoveu capacitação para os agentes e todo mês acontece a reciclagem.
Fonte: Correio Lageano - 15-04-2008