Desde segunda-feira continua a paralisação no Hemosc e no Cepon de Santa Catarina. Em Lages as coletas de sangue foram interrompidas. “Temos estoque para 15 dias”, garante o médico bioquímico, gerente técnico do Hemosc Lages, Robson Romam Pereira. Segundo ele, foi possível parar a coleta porque em setembro as doações bateram o recorde do ano. O acréscimo foi de 20%.
Os doadores que procuram o Hemosc são orientados sobre o movimento, caso o estoque se esgote por alguma emergência são chamados para fazer a doação. “Não estamos fazendo a coleta, porque temos estoque de sangue”, disse. Ontem de manhã a entrega de sangue foi normal para o Hospital Infantil e para Criciúma.
O diretor da Executiva Estadual do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais (Sintespe), Antonio Celestino Lins, garante que, apesar de 70% dos funcionários estarem parados, não interfere nos trabalhos emergenciais.
Na terça-feira o Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou o fim da greve, mas o Hemosc não cedeu. A categoria é contra a privatização, passando a administração para a Fahece, entidade que hoje faz parte da gestão do Cepon do Hemosc. Para Antonio, a maior prejudicada será a população. “Se os funcionários do estado passarem para um privado quem mais vai sofrer será a população”, acredita.
Ontem o Comando Geral da greve esperava ser recebido pelo Governo do Estado, mas isso não aconteceu, e com isso a paralisação foi mantida. Segundo Antonio, o movimento cresceu em Florianópolis e em Chapecó. “Ficamos três anos negociando, a gente vai radicalizar e só pára depois que o Governo nos atender”, declara.
Fonte: Correio Lageano - 23-10-2008