No último dia 2, a idosa Eurides Fogaça Rodrigues, de 82 anos, passou mal e precisou ser trazida de São Joaquim até o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres para ser atendida.
A família dela pediu à Secretaria da Saúde que disponibilizasse uma ambulância para transportar a paciente e enfrentou dificuldades.
Segundo o filho de Eurides, José Fogaça, só depois de muita insistência uma ambulância em condições precárias trouxe a mãe dele para Lages. “Nem ambulância tinha para levar. Aí minha irmã ajeitou aqui, e levaram ela em uma ambulância velha, caindo os pedaços”, conta.
Segundo Fogaça, a mãe sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e permanece hospitalizada. Ele reclama que nenhum socorro foi prestado no interior da ambulância durante o deslocamento entre os dois municípios. “Tem até Samu aqui, que dizem ser da prefeitura. Não sei porque não encaminharam o Samu para levá-la”, queixa-se.
A secretária da Saúde, Alessandra Miriam de Sousa, justifica que todos os pacientes têm sido atendidos na medida do possível.
Ela explica que muitas vezes as duas ambulâncias da Secretaria já estão transportando pacientes quando surgem novas emergências.
Alessandra diz que as ambulâncias não estão equipadas com aparelhos de UTI móvel, como desfibrilador para o caso de uma parada cardiorrespiratória. “Não são UTIs são apenas carros de transporte”, alega.
A secretaria esclarece que a atual administração tem interesse de adquirir novos veículos, entre eles uma ambulância, para ampliar a frota. Para isso está pesquisando orçamentos para apurar qual o investimento necessário.
Sobre o atendimento do Samu, a secretária informa que duas ambulâncias são mantidas no município, mas para atender a região. “Não temos nenhum poder de regulamentação sobre o Samu. Aliberação de ambulâncias para atendimento é coordenada através da regulação do Samu em Lages”, explica a secretária da Saúde.
Fonte: Correio Lageano - 21-01-2009