Nas lojas, a chegada do verão fez aumentar em 30% a venda de aparelhos de ar condicionado. Para muita gente, não há mais como abrir mão desse conforto. “Ultimamente, o tempo está mais quente do que o normal. Principalmente, meu filho se incomoda muito com o calor”, conta a secretária Amanda Monteiro. Para conquistar o consumidor, as indústrias fabricam modelos populares, com preços mais baixos e com menor consumo de energia – qualidades essenciais para a comerciante Patrícia Leão. “Eu observo o preço, a marca e que tenha um consumo pequeno”, afirma.
Um casal achou a conta de luz muito alta, depois que passou a usar ar-condicionado em casa. Voltaram à loja para comprar um ventilador. Agora, ar mais frio só na hora de dormir. A refrigeração que melhora o bem-estar pode também provocar problemas de saúde, se não houver uma manutenção adequada dos aparelhos. O mofo e a sujeira que se acumulam na parte interna são causas de alergias respiratórias.
Para reduzir os riscos, o filtro do ar-condicionado deve ser limpo duas vezes por mês, e o aparelho precisa de uma manutenção, feita por técnicos de seis em seis meses. Já as grades do ventilador têm que ser limpas de dois em dois dias – é uma recomendação médica.
“Para evitar que haja acúmulo de mofo e acúmulo de sujeira. A drenagem também da água produzida pelo ar-condicionado - retirada da água que ele faz – deve ser também adequada, porque senão há acúmulo na bandeja e há a possibilidade da formação de mofo. Mas o problema não é só esse. O ar condicionado resfria e retira a umidade do ar. Com isso, as nossas mucosas ressecam. O nariz vai tentar obstruir, para que o ar passe um pouco mais lentamente e tenha tempo de ser aquecido. Aí, quando o ar está muito gelado, principalmente de madrugada, a gente começa a respirar pela boca. Aí, a gente acorda com o nariz entupido e a garganta doendo”, alerta o médico Ângelo Rizzo.
Fonte: Correio Lageano - 23-01-2009