A promotora da Vara da Infância e Juventude, Helen Sanches, recebeu representantes do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc), no final da tarde de ontem. A audiência foi solicitada pelo sindicato, que está à frente das negociações relativas ao pagamento de sobreaviso e da reivindicação de melhores condições de trabalho, feita por médicos da emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres.
O Ministério Público (MP) Estadual, através da promotora Helen Sanches, e do promotor de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, Giancarlo Rosa Oliveira, encaminhou recomendação ao diretor clínico do hospital, Paulo César Duarte, em que avisa que ele pode ser responsabilizado criminal e civilmente, caso os médicos cumpram a decisão de paralisar o serviço de sobreaviso no dia 1º de março.
O diretor clínico recebeu prazo de 72 horas para responder à recomendação. Devia ter encaminhado parecer ao MP ontem, mas ao invés disso pediu prorrogação do prazo.
A vinda do presidente estadual do Simesc, Cyro Veiga Soncini, está entre outras coisas relacionada com a resposta do diretor clínico. Segundo o presidente, a recomendação não foi aceita pelo diretor clínico. "Não cabe a ele responder pelas decisões dos médicos. Quem responde pelos médicos é o sindicato, que tem uma representação constitucional em relação à categoria", diz Soncini.
O presidente ainda adiantou que a conversa com o MP é para que o sindicato se coloque à disposição da promotoria e ajude a esclarecer quais são as reivindicações feitas pela categoria. "Vamos nos colocar à disposição sobre a luta dos médicos", completa Soncini.
À noite os representantes do sindicato se reuniram com médicos em uma assembleia, para saber se houve contraproposta do hospital em relação às reivindicações e discutir a situação do movimento até agora.
Fonte: Correio Lageano - 24-02-2010