O contrato que permite atendimento de saúde a 183 mil catarinenses, entre servidores públicos estaduais e seus dependentes, vence no dia 31 de janeiro de 2008 e não há garantias formais de que ele vá ser renovado e que o atual padrão de serviços será mantido.
Embora o governo assegure que o funcionalismo terá plano de saúde e não será entregue ao Sistema Único de Saúde (SUS), existe um grande impasse. Enquanto a Unimed, responsável pelos serviços, pede reajuste (percentual ainda não definido, mas a empresa argumenta que chega a ter 15% de prejuízo ao mês), o Centro Administrativo procura uma auditoria para averiguar as contas do acordo.
Em ofício enviado à secretaria, a Unimed alega que vem tendo prejuízos de 14% a 15% ao mês, o que significa que o rombo pode chegar a R$ 2 milhões mensais, segundo o secretário de Administração, Antônio Gavazzoni.
O Estado, que assegura estar em dia com os pagamentos à cooperativa, paga R$ 12 milhões por mês à Unimed. Ou seja, a cada ano, o atendimento médico e hospitalar ao servidores e seus dependentes representa R$ 136 milhões, bancados por um fundo específico.
- Eu diria que há 99,9% de chances de renovarmos o contrato - acredita o presidente da Federação das Unimeds de Santa Catarina, sediada em Joinville, Dalmo Claro de Oliveira.
Gavazzoni, por sua vez, diz que não pode pagar o que a Unimed pede, a menos que uma auditoria dê base para isso. Ele salientou que o contrato, pelas proporções humanas e financeiras, é dos mais delicados.
No Rio, o serviço foi entregue para o SUS
Mesmo assim, na contramão da maioria dos estados, como no Rio de Janeiro, Santa Catarina não deixará seus servidores aos cuidados do Sistema Único de Saúde (SUS), garante o secretário de Administração, Antônio Gavazzoni.
Gavazzoni e Claro de Oliveira afirmam que, qualquer que seja o desfecho, e o mais provável, segundo o presidente da Unimed, é a renovação, não haverá reajuste das mensalidades para os servidores.
O contrato, de acordo com o secretário, prevê reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que seria insuficiente para contornar o alegado prejuízo da prestadora de serviços médicos.
Fonte: Jornal Diário Catarinense – 08-12-2007