O ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou ontem uma nota, por meio de sua assessoria de imprensa, na qual afirma não ter declarado ao jornal O Estado de S. Paulo que quer um novo imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), rejeitada na semana passada pelo Senado Federal.
Ele também nega que tenha defendido a criação, por meio de medida provisória (MP), do tributo ainda este ano para financiar a Saúde. A entrevista foi publicada na edição de sábado do jornal paulista.
"A saúde não sobrevive sem recursos adicionais. É preciso pensar em outra medida no ano que vem, para suprir o que faltou. Mas agora não será tributo provisório. Não queremos saber mais de CPMF. Terá que ser um tributo permanente, todo voltado para a saúde, e que não tenha que ser rediscutido. E tem de ser sobre movimentação financeira. Porque, senão, não teremos como controlar a sonegação", diz a nota.
O texto afirma que o jornal errou, "atribuindo ao ministro declarações que não o fez", o que, de acordo com a assessoria do ministro, provocou "diversas reações contrárias, num momento sensível de negociações".
"O ministro Guido Mantega lamenta o uso equivocado de sua entrevista e reafirma que a discussão sobre um novo tributo permanente voltado exclusivamente para a saúde terá que passar por uma ampla discussão dentro do governo e com o Congresso Nacional", acrescenta o documento.
Mantega foi um dos articuladores das propostas de mudanças da CPMF, rejeitadas pelo Senado.
Fonte: Diário Catarinense - 17-12-2007