Rio Negrinho - Estimular hábitos saudáveis de alimentação. Esse é o principal objetivo do projeto elaborado pela parceria entre a empresa Battistella Florestal e seis escolas da rede municipal de ensino de Rio Negrinho, no Planalto Norte.
Os estudantes são os responsáveis pelo plantio, cultivo e colheita dos produtos em hortas construídas no pátio das próprias unidades.
A produção é dividida entre os 582 alunos. Para a professora Melânia dos Santos, uma vida saudável na fase adulta passa pela alimentação.
A idéia da horta surgiu com a leitura de livros sobre o controle da obesidade. O principal fator para evitar a obesidade mórbida é justamente um hábito alimentar balanceado.
Na escola Marta Tavares, no Bairro Cruzeiro, os 80 estudantes envolvidos no projeto encontraram uma forma diferente de reaproveitar materiais recicláveis.
Garrafas pet são utilizadas para demarcar os canteiros de mudas. Segundo a professora, tudo foi trazido de casa pelos estudantes.
Resultados já começam a surgir. Alef Paes, de 13 anos, participa do projeto pelo terceiro ano consecutivo. Agora, ele não perde a oportunidade de ajudar em casa. É dele a responsabilidade pela limpeza do canteiro onde a mãe cultiva os vegetais. Na escola é um dos primeiros a pegar a enxada e correr para preparar a terra.
Reinaldo Langa, da Battistella, explica que a participação da empresa é na busca por formas de incentivo ao uso de vegetais na alimentação das crianças. Para ele, a mudança de hábito dos mais jovens ocorre mais facilmente.
Uma das formas de conscientizar os estudantes é por meio de palestras. Nutricionistas da empresa mostram a importância das saladas nas refeições.
Questionário respondido por 312 estudantes mostra que o alface é a verdura presente o ano todo na maior parte das mesas.
Próximo passo são as ervas medicinais
Na primavera, 83% deles disseram que comem a hortaliça diariamente. Fonte de vitaminas A, do complexo B, C, E e K tem consumo menor no inverno (57%).
- Muitas verduras são de períodos, por isso existe essa variação - explica Langa. A próxima etapa do projeto é o incentivo ao plantio de ervas medicinais.
No questionário, os pesquisadores descobriram que que em cerca de 81% das casas do estudantes há cultivo desse tipo de plantas e, na maior parte, 56%, a hortelã está presente.
- Hoje, eles fazem com base no conhecimento popular, mas no futuro, queremos que eles tenham conhecimentos técnicos sobre o uso correto desse tipo de planta - explicou Reinaldo.
Fonte: Diário Catarinense 17-12-2007