Associação estima que país tenha ao menos 10 mil mortes encefálicas por ano, mas só metade é notificada às centrais de transplantes
Reportagem publicada na edição deste domingo da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL) informa que o Brasil desperdiça ao menos 50% dos órgãos potencialmente aptos para transplante. A reportagem diz ainda que o desperdício ocorre por falta de notificação dos casos de morte encefálica, despreparo das equipes que abordam as famílias dos doadores e infra-estrutura hospitalar inadequada para manter o doador até a retirada dos órgãos.
A ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) estima que o país tenha ao menos 10 mil mortes encefálicas por ano, mas só metade é notificada às centrais de captação. Para a presidente da associação, Maria Cristina de Castro, o desperdício é ainda maior se somar o aviso tardio da morte encefálica.
A reportagem de Cláudia Colucci informa ainda que 40% dos órgãos captados são descartados por falta de condições clínicas do doador. No final do processo, o aproveitamento real é de 10%.
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Leia matéria completa na edição deste domingo da Folha.
Fonte: Folha Online - 23-12-2007