16-01-2008 - Febre Amarela - Ministério confirma mais três mortes

Brasília - O Ministério da Saúde confirmou ontem mais três mortes por febre amarela no país. Os três casos elevam para seis o total de infecções comprovadas. Deste grupo, cinco pacientes morreram. Apenas uma mulher hospitalizada em São Paulo conseguiu se recuperar.
O Ministério da Saúde recebeu também ontem a informação de suspeita de mais um caso - o de um paciente na cidade de Aruanã, em Goiás.
O caso do espanhol Salvador Perez de Cal, de 41 anos, morto no último fim de semana, foi um dos que o ministério confirmou ontem. Além dele, foi comprovada a infecção de Maria Geraldina Siqueira, residente em Mogi das Cruzes (SP), e de um morador de Maringá (PR). Os três foram contaminados na região Centro-Oeste do país.
Nenhum deles era vacinado. Laudos laboratoriais afastaram a possibilidade de a infecção de outros seis pacientes. Atualmente, continuam sob investigação 15 casos.

Novas doses chegam ao Extremo-Oeste
Hoje a região do Extremo-Oeste catarinense, considerada zona de risco, deve receber mais doses de vacinas contra a doença. A previsão é de que a Regional de Saúde, que fica em São Miguel do Oeste, receba e redistribua 3 mil doses da vacina.
Os estoques mais baixos estavam em Dionísio Cerqueira, São Miguel do Oeste e Itapiranga. Segundo a técnica de enfermagem da Regional, Inaci Hoffelder, o estoque para dois meses, de cerca de 4 mil doses, esgotaram-se rapidamente quando foram registradas as primeiras mortes ocasionadas pela doença no país. A orientação é que a população de 28 municípios do Extremo-Oeste se vacine contra a doença pela região ser área de transição da febre amarela.
A enfermeira de uma das unidades de saúde de Dionísio Cerqueira, Alexsandra Zottis, afirma que na última semana procuraram a vacina cerca de 50 a 80 pessoas por dia. Segundo ela, a vacinação é rotina, mas, como as pessoas ficaram assustadas com os registros de mortes, procuraram a unidade de saúde. Muitas já tinham tomado a vacina e foram orientadas que não precisariam outra dose antes de 10 anos.

Fonte: Jornal Diário Catarinense - 16-01-2008 


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