O desenvolvimento de um microbicida nacional contra o vírus da Aids, o HIV, desenvolvido a partir de uma alga marinha, avançou mais uma etapa. A substância começará a ser testada em tecidos humanos.
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A patologista Patrícia Ocampo está na Saint George’s Medical School, em Londres, onde aprende a técnica para testar o produto em fragmentos de tecido do colo do útero, extraídos durante cirurgias.
A idéia é trazer a tecnologia para o País para agilizar a pesquisa, desenvolvida há cinco anos numa parceria do Instituto Oswaldo Cruz, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) e do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde.
A proposta dos pesquisadores é que a mulher utilize o microbicida, em forma de gel, creme ou espuma, antes da relação sexual e, assim, bloqueie a contaminação pelo HIV. Mas, para saber se a substância cumpre essa função, é preciso testá-la antes em tecido humano.
Técnica
A técnica que está sendo aprendida em Londres permite que o tecido seja retirado quando a mulher é submetida a uma pequena cirurgia, por conta de alguma alteração no colo do útero. Os pesquisadores passam, então, a infectar o tecido e utilizam o microbicida para bloquear a infecção.
Se os testes derem o resultado esperado, tanto em Londres quanto no Rio, o microbicida começará a ser testado em seres humanos em 2009. A previsão é que o produto possa ser comercializado a partir de 2013. A alga estudada é encontrada em alguns pontos da costa brasileira e pertence a uma família com ação antiviral.
Fonte: ig.com.br - 22-01-2008