A Vigilância Epidemiológica de Lages, cidade do Planalto Serrano de Santa Catarina, está em alerta para o aumento do número de pessoas picadas pela aranha-marrom. As ocorrências em janeiro na cidade correspondem a 64,1% dos casos registrados em todo o ano passado.
A dona de casa Raquel dos Santos Ribeiro foi uma das vítimas. Ao limpar alguns cômodos em construção da residência, Raquel matou cinco aranhas, mas não percebeu a picada do animal.
— Não senti nada. À noite, eu tive febre, tremia de frio. Era um dia bem quente. Eu estava com quatro acochoados. Pensei que era uma gripe, mas nem imaginei em picada de aranha — relata Raquel, que ficou internada por 15 dias.
A Vigilância Epidemiológica recomenda que as vítimas procurem atendimento médico logo após a picada. Com o passar das horas, a necrose e a dor se acentuam. A vítima tem febre, náuseas e dor de cabeça.
Para não aumentar o número de casos de picadas de aranha-marrom, recomenda-se a limpeza periódica de armários e forros, locais preferidos desta espécie.
Além das aranhas, a região do Planalto Serrano catarinense enfrenta problemas com outro aracnídeo: o escorpião. Apesar do veneno ser mais fraco em relação à aranha-marrom, a população deve adotar medidas preventivas para evitar o aparecimento do animal, como manter a grama roçada. Os escorpiões costumam vivem em locais com entulho e madeira podre.
Nesta semana, foram também foram encontrados focos de escorpiões nas proximidades da indústria Teka em Blumenau. Cerca de 70 animais foram capturados nas instalações da têxtil. Desde outubro, a Vigilância Epidemiológica atua na captura dos escorpiões no município.
Fonte: Diário Catarinense - 08-02-2008