No mês de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza o aumento de preço de cerca de 20 mil medicamentos controlados. O índice de reajuste ainda não foi divulgado, mas existe a expectativa de que chegue a até 4,72%, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O reajuste dos remédios é, tradicionalmente, dividido em três categorias, que variam de acordo com a participação dos medicamentos genéricos. Os aumentos variam conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE) entre março e fevereiro, o fator de produtividade das indústrias, que neste ano foi de 2,09%, e o de concorrência.
Se estes critérios permanecerem, os aumentos vão ser de 4,72% (faixa 1), 3,68% (faixa 2) e 2,63% (faixa 3), segundo Nakane.
Na faixa 1 estão os medicamentos em que os genéricos representam 20% ou mais do segmento, com maior concorrência de mercado, como anti-hipertensivos e antibióticos, por exemplo. A faixa 2 é a intermediária, representada pelos medicamentos com participação de genérico de 15% a 20%, como os colírios e injetáveis. A faixa 3 é a de menor concorrência no mercado, na qual a participação dos genéricos fica abaixo de 15%, como ocorre com medicamentos que ainda estão sob patente.
As empresas têm até 31 de março para apresentar o relatório de comercialização com os preços que pretendem praticar depois do reajuste. Depois de definido o valor, os preços não poderão ser aumentados até março de 2009.
Fonte: CREMESC - Saúde Business Web - 08-02-2008