Médicos da Fhemig, Hemominas e da SES lotaram o auditório do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais – Sinmed-MG na assembléia realizada no dia 30 de janeiro. A categoria se mostrou indignada com o reajuste de apenas 3% oferecido pelo Governo de Minas e deixou claro que está disposta a reivindicar e lutar para que seja alterado o índice do Projeto de Lei 1973/2007, enviado à Assembléia Legislativa no dia 20 de dezembro. Os médicos do Hemominas comunicaram ao sindicato que para demonstrar seu repúdio contra o descaso do Governo vão trabalhar com camisas com os dizeres “Sr. Governador: Mais saúde, menos propaganda”.
O sindicato está atento e avalia que os baixos salários, aliado às inadequadas condições de trabalho, estão entre os principais motivos que têm levado os médicos a abandonar o serviço público. “Essa situação de desrespeito com a saúde pública, tanto com os servidores quanto com a população precisa acabar. Mas, para que isso aconteça e para que o Governo apresente soluções para o problema é necessário e urgente que os médicos unam forças para lutar por seus direitos”, ressalta Cristiano da Matta Machado, presidente do Sinmed-MG.
O presidente do sindicato também alertou os médicos sobre a dificuldade e quase impossibilidade de se conseguir reabrir as negociações caso o PL seja votado, o que acontecerá em curto espaço de tempo se os médicos não reagirem e se dispuserem a forçar o Governo a negociar. É importante lembrar que o Projeto de Lei 1973/2007 é de autoria do Executivo e por isso deverá ter rápida tramitação. O documento já está sendo apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça e resta apenas o parecer de mais duas comissões (Administração Pública e Fiscalização Financeira e Orçamentária) antes de ir à votação em 1º turno. “A situação é grave e temos pouco tempo para agir. Vamos nos empenhar ao máximo e colocar em prática todas as ações possíveis para que a pauta não vá à votação sem antes passar por alterações na redação, mas para isso precisamos que os médicos se mobilizem”, expôs Matta Machado.
Fonte: FENAM/Assessoria de Imprensa do Sinmed-MG - 12-02-2008