A Saúde de Santa Catarina não vai mal, mas poderia estar melhor, sinaliza a professora do departamento de Saúde Pública da UFSC, Clair Castilhos Coelho, integrante do Conselho Nacional de Saúde.
Os indicadores da Saúde são favoráveis em relação ao resto do Brasil, uma vez que o Estado é desenvolvido, apresenta um padrão econômico alto e por isso as endemias - como tuberculose, malária, dengue, dentre outras - são controladas.
Mas, não é tudo. Faltam políticas públicas que priorizem a qualidade na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) - a encargo dos municípios - , a formação e contratação de quadro - com plano de carreiras - e o controle social da gestão do sistema, aponta a professora.
Membro do Conselho Estadual de Saúde, o psicólogo Allan Rodrigo Alcantara concorda. Para ele, na legislação, o SUS é o sistema de saúde mais avançado do planeta. O problema é que não é aplicado como deveria.
A deficiência está na falta de investimento para recrutar e formar profissionais qualificados para o sistema público. Segundo os dois conselheiros, o governo tem terceirizado funcionários ao invés de contratar. Além disso, a baixa remuneração desestimula o profissional a trabalhar no setor público, o que diminui a qualidade do atendimento.
Fonte: Diário Catarinense - 13-02-2008