14-02-2008 - Amazonas: médicos da rede pública em greve por tempo indeterminado

Médicos da rede pública do Amazonas - estado e município de Manaus -, decidiram, por unanimidade, pela paralisação das atividades da categoria, em assembléia geral realizada nesta quarta-feira (13/02), que reuniu 133 profissionais no auditório Dr. Zerbini, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas, na capital. Melhores condições de trabalho e implantação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários estão entre as reivindicações dos médicos. O comando de greve estima que cerca de três mil profissionais aderiram ao movimento.     
Desde às 7 horas desta quinta-feira (14), ambulatórios, postos de saúde da capital e do interior, Fundação de Medicina Tropical, Hemoam, e hospitais como o Adriano Jorge e o Alfredo da Mata estão com as atividades suspensas. Apenas os serviços de urgência e emergência nos SPA's e prontos-socorros não pararam.     
"Constitucionalmente, garantimos a continuação do atendimento nas unidades de urgência, emergência e nas maternidades, além do acompanhamento aos pacientes internados", disse Auxiliadora Brito, presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam). 
Cerca de três mil médicos aderiram à greve em todo o Estado; só em Manaus, foram dois mil e trezentos. A categoria luta pelo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), piso nacional indicado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que hoje é de R$ 7.503,00 para uma jornada de 20 horas semanais, e melhores condições de trabalho.     
Desde outubro de 2005, os médicos negociam suas demandadas com a Superintendência de Saúde do Amazonas (Susam) e com a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa), seguindo, desde então, todos os trâmites necessários para evitar a paralisação dos serviços.     
"Há dez anos estamos sem reajuste salarial. Chegamos a esse extremo, pois nossas reivindicações de reposição das perdas salariais e a implantação de um PCCS foram negadas, tanto pela Secretaria de Fazenda do Amazonas, quanto pelo consultor da Fundação Universidade de Brasília, contratado pela prefeitura", acrescentou Auxiliadora Brito.    
Nesta quinta-feira, os médicos promovem manifestações no Conselho Municipal de Saúde, no Conjunto Tiradentes e na Câmara Municipal de Manaus. Na sexta-feira, eles se reúnem no Conselho Regional de Medicina, a partir das 8 horas.
     
Locais de paralisação durante a greve dos médicos:
     
- centros de saúde da Semsa e Susam;
- policlínicas;
- unidades do Programa de Saúde da Família;
- PAM Codajás;
- Fundação Alfredo da Mata;
- Hospital Adriano Jorge;
- Fundação de Medicina Tropical;
- Fundação Hemoam;
- Fundação Cecon;
- Samu(remoções eletivas);
- ambulatórios de ensino médico nas unidades do estado e município;
- centros de saúde e hospitais do interior.
     
Locais que não serão afetados:
- SPAs;
- prontos-socorros;
- maternidades;
- UTI´s.
     
Serviços garantidos:
- cirurgias de urgência/emergência;
- partos;
- acompanhamento aos pacientes internados;
- anestesias de urgência/emergência;
- atendimento de urgência e emergência.
     
Serviços suspensos:
- cirurgias e anestesias eletivas;
- internações eletivas;
- consultas ambulatoriais;
- remoções por médicos do Samu.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Médicos do Amazonas - 14-02-2008


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