Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que 10% da população mundial apresenta algum problema auditivo. A maior parte se concentra nos países em desenvolvimento, com 80% dos casos. No censo do IBGE de 2000, o Ministério da Saúde detectou quase seis milhões de deficientes auditivos no Brasil. A estimativa é de que entre 6% a 8% dos brasileiros tenham alguma deficiência auditiva. Grande parte deles não conta com atendimento.
Para cada mil crianças nascidas no país, três apresentam problemas de audição. Para tratar desse tema, mais de mil fonoaudiólogos vão discutir os avanços tecnológicos disponíveis para o diagnóstico e tratamento dos deficientes auditivos e como estão as políticas públicas brasileiras nesta área, durante o 23 º Encontro Internacional de Audiologia, que acontece entre os dias 12 e 15 de março no Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Itajaí.
Um dos temas de maior destaque do evento é a discussão da primeira Política Nacional de Saúde Auditiva, implantada pelo governo federal, que cria núcleos de profissionais de saúde, em todo país, capacitados para identificar qualquer problema de audição em bebês, crianças, adultos e idosos.
Estes núcleos têm a função de atuar na prevenção da surdez, passando pelo diagnóstico, cirurgias, acompanhamento fonoaudiológico e a indicação de aparelhos de audição, tudo isso pelo Sistema Único de Saúde.
Serão fóruns, simpósios, cursos nacionais e internacionais e mesas redondas com especialistas do país e do exterior, que abordarão, entre outros temas, audição em crianças, aparelhos para surdez, relação entre genética e surdez e a reabilitação auditiva.
Fonte: Diário Catarinense - 25-02-2008