28-02-2008 - Pombos são ameaça à saúde do ser humano

Ele é considerado o símbolo da paz e parece ser inofensivo, mas o pombo pode causar diversas doenças no homem. As aves já fazem parte da paisagem da região central de Florianópolis. O Mercado Público, o Largo da Alfândega e a Catedral Metropolitana são os principais pontos de concentração dos pombos. É comum, inclusive, ver pessoas os alimentando. Outro local que sofre com a proliferação desse animais é o Terminal de Integração do Centro (Ticen). Há placas nas plataformas dos terminal recomendando os passageiros a não alimentar as aves.
Entre as doenças transmitidas pelos pombos está a salmonelose, causada pela bactéria salmonella, provocando diarréia, náuseas e vômito. No entanto, há outras duas mais graves que podem levar à morte. È o caso da criptococose, um tipo de meningite, e da histoplasmose, uma infecção provocada por um fungo. A contaminação ocorre perto dos ninhos, onde há mais fezes. Quando os pombos voam, espalham o pó dos excrementos secos, que são inalados pelas pessoas.
Além das doenças, os pombos acabam sujando os prédios com as fezes, sem falar do risco de ser atingido quando se transita pelas ruas. A escadaria da Catedral parace ser o local preferido dos bichos para evacuar. As fezes dos pombos são ácidas, corroem metais, apodrecem as madeiras e danificam paredes pintadas. E as penas entopem calhas e ralos.

Centro histórico concentra ninhos da capital
O veterinário Henrique Sávio de Souza Pereira, assessor técnico da Secretaria Municipal de Saúde, explica que a proliferação das aves no centro da capital acontece devido ao fato das pessoas as alimentarem. Com comida facial, esses animais não voltam ao sei habitat natural. Outra realidade que propicia a infestação do centro pelos pombos é a falta de predadores, como gaviões e cobras.
Henrique esclarece que os pombos se reproduzem duas vezes ao ano, colocando de dois a três ovos. No entanto, quando eles são supernutridos, como os que vivem no centro, acabam se reproduzindo até cinco vezes em apenas um ano. “Se a população parar de fornecer alimentos, essas aves irão para longe dos centros urbanos”, afirma. Segundo o veterinário, a arquitetura dos prédios históricos, com muito detalhes, favorece o abrigo dos ninhos. “A medida mais eficaz para combater os pombos e não alimentá-los”, enfatiza.
Os pombos, que têm o nome científico Columba Lívia, são originários da Europa e foram trazidos para a América do Sul por volta do século XVII. A portaria 29 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), de março de 1994, considera o pombo como animal pertencente à fauna brasileira. Por isso, qualquer ação de controle que provoque a morte, danos físicos, mais tratos e apreensão das aves, infringe a lei de crimes ambientais (9.605/98), que estabelece pena de um a cinco anos de prisão.

Fonte: Notícias do Dia - 28-02-2008


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