11-03-2008 - CFM apresenta pesquisa inédita sobre índice de desenvolvimento e saúde

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Edson de Oliveira Andrade, apresentou, durante o encerramento do Encontro Nacional de Conselhos Regionais de Medicina 2008, realizado entre os dias cinco e sete deste mês, em Curitiba, os dados referentes a uma pesquisa inédita sobre Índice de Desenvolvimento e Saúde nos diversos estados brasileiros. A pesquisa revelou, por exemplo, que em estados como Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rondônia e Tocantins o IDS é precário. Já o Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo apresentaram IDS classificado como bom.     
As informações foram coletadas em 2007, através de um trabalho conjunto com o Centro de Pesquisa e Documentação (CPDOC) coordenado pelo professor Valdiney Gouveia.      
O IDS pretende servir como um índice que permite averigüar mudanças qualitativas e quantitativas nas condições de saúde das 27 capitais brasileiras. A pesquisa compreende uma pontuação geral, produto da combinação de múltiplos indicadores que foram considerados em sete dimensões: demográficos, socioeconômicos, mortalidade, morbidade e fatores de risco, recursos em saúde, cobertura e saneamento. Entre as dimensões consideradas, foram indicados como itens problemáticos e que devem ser temas de discussões futuras morbidade e fatores de risco e os recursos em saúde.      
Confira o resultado do Índice de Desenvolvimento e Saúde (IDS) nos estados brasileiros, de acordo com a pesquisa do CFM:
     
- Acre, Aagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rondônia e Tocantins - 0,26 – 0,39 (precário)    
- Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe - 0,40 – 0,53 (regular)    
- Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina - 0,54 – 0,67 (satisfatório)
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Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo - 0,68 – 0,82 (bom)
     
Segundo Edson Andrade, o CFM oferece uma ferramenta que cumpre os anseios de diversas instituições de saúde. Existem múltiplas direções possíveis: rediscutir e aprimorar o IDS antes de publicá-lo, realizar as análises no âmbito dos municípios, definir estratégias de divulgação periódica do desenvolvimento em saúde, entre outras.     
“Uma possibilidade, por exemplo, seria organizar uma planilha, disponibilizada na página do CFM, para que as pessoas (médicos, população geral, gestores de saúde) pudessem conhecer a situação do seu estado ou município”, comentou o presidente do Conselho Federal de Medicina. Os que assistiram a apresentação sugeriram que o índice seja ampliado internacionalmente, a fim de que se possa obter um comparativo com outros países.
  
Fonte: CRM/PR - 10-03-2008


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