26-03-2008 - União promete militares para atacar dengue no RJ

Ministro Nelson Jobim disse que 400 homens serão enviados ao RioO ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que serão colocados 400 militares à disposição do Estado e do município do Rio de Janeiro, além de barracas de campanha para atendimento médico, para colaborar no combate à dengue e na assistência aos doentes.
Jobim criticou a politização do assunto. Sem mencionar a troca de insultos entre o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), defendeu que se resolva o problema de forma prática.
- No meu ponto de vista, nós temos de combater a dengue e resolver o problema para a população e evitar qualquer tipo de juízo político sobre a questão - disse o ministro.
Jobim afirmou que as Forças Armadas têm experiência em colaborar em ações relativas à saúde, uma vez que costuma enviar militares a países como Colômbia e Bolívia, vítimas de "acidentes naturais.
Na segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que 660 agentes de saúde colaborariam com a assistência no Rio e mais 119 leitos seriam abertos em instituições federais no Estado. Parte desses leitos vai ser para atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em meio ao aumento do número de casos de dengue no Rio, o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), reconheceu que houve falhas nos esforços para conter o avanço da doença na região.

Falta de prevenção agravou problema
O governador atribuiu a epidemia à falta do trabalho de prevenção nos municípios. Desde o começo do ano, 48 pessoas morreram em conseqüência da doença no Estado. Segundo ele, nas cidades onde o programa Saúde da Família (feito em parceria com o governo federal) foi realizado de modo constante, a incidência da doença é menor que em outras localidades.
- É um trabalho de formiguinha que os municípios têm que fazer o ano inteiro - afirmou o governador, citando como exemplos Niterói (região metropolitana) e Piraí (interior), onde, de acordo com ele, não há registros de mortes em decorrência da dengue.
Cabral afirmou que a rede de atendimento estadual está saturada devido ao aumento do número de casos da doença. Por isso, destacou a importância das tendas de hidratação que foram instaladas no início da semana.
De acordo com o governador, há 300 pontos de hidratação no Estado e novas vagas serão abertas nos próximos dias.

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Fonte: Diário Catarinense - 26-03-2008


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