02-04-2008 - Catarinenses vão ao RJ ajudar vítima da dengue

Santa Catarina vai reforçar a batalha contra a dengue no Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado da Saúde confirmou ontem que enviará pediatras da rede pública para atender crianças do Rio de Janeiro. O número de profissionais ainda não foi definido. Pelo menos outras seis unidades da federação também colaborarão com o atendimento.
A definição sobre quantos médicos de Santa Catarina embarcarão ao Rio deve ser tomada ainda nesta semana. Antes, a Secretaria de Saúde concluirá levantamento sobre a quantidade e necessidade de pediatras em cada hospital catarinense. O estudo servirá para impedir que faltem profissionais da área enquanto outros estiverem nos centros cariocas de tratamento infantil da dengue.
A solicitação à secretaria, em caráter de urgência, foi feita em um ofício enviado pelo governador Luiz Henrique da Silveira na segunda-feira. O Estado possui 124 médicos pediatras na rede pública. No Rio de Janeiro, há um déficit desses profissionais para atender crianças com dengue e a demanda deverá ser coberta por médicos dos outros Estados, de acordo com o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, Jurandir Frutoso.
- Nós já conversamos com todos os secretários de Saúde do país e os estados do Rio Grande do Sul, Rondônia, Espírito Santo, Paraíba, Amazonas, Santa Catarina e Pará já informaram que devem ter disponibilidade para enviar pediatras ao Rio.
Assim como Santa Catarina, nenhum dos outros seis estados definiu quantos médicos devem ser enviados para trabalhar nos centros de hidratação. O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, solicitou ajuda ao conselho e informou que precisa de 154 pediatras para poder inaugurar três novos centros de tratamento de crianças com dengue.

Sindicato vai denunciar o governo pelas contratações
O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro denunciará ao Tribunal de Contas o governo estadual por ter convocado os médicos. O governador Sérgio Cabral Filho criticou a decisão do sindicato. Segundo ele, este é o momento de "parar com o discurso sindical, deixar de lengalenga e começar a trabalhar". O presidente da entidade médica, Jorge Darze, diz que não há falta pediatras no mercado.
- O que eles não querem é trabalhar nessas condições. O governo não pode pagar mais do que pagaria aos profissionais fluminenses.

Fonte: Diário Catarinense - 02-04-2008


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