02-04-2008 - Não há mais leitos em hospitais do Rio

A grande procura de pacientes com suspeita de dengue provocou o esgotamento dos leitos na rede pública do Rio e o fechamento precoce da maior estrutura de apoio montada pelas Forças Armadas.
O Estado anunciou o aluguel de 100 leitos na Santa Casa da Misericórdia, no Centro do Rio, e o governador Sérgio Cabral Filho pediu ontem à prefeitura que "pelo menos a metade" dos postos de saúde do município ficassem abertos por 24 horas para amenizar a "carência de leitos".
A Defensoria Pública da União entrará com ação civil pública exigindo a abertura dos postos no final de semana. Na capital fluminense, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, das 147 unidades de saúde, 21 ficam abertas 24 horas.
O prefeito Cesar Maia rebateu e disse que o município disponibiliza "desde janeiro 130 postos para hidratação".

Prefeito promete antecipar inauguração de hospital
O prefeito prometeu a inauguração do hospital municipal Ronaldo Gazolla, cuja construção terminou em 2004, para esta semana.
A abertura da unidade ofereceria mais 298 leitos. Menos de 48 horas após a inauguração, o hospital de campanha da Aeronáutica, na Barra da Tijuca, zona oeste, não suportou ontem a grande procura e encerrou a distribuição de senhas antes do meio-dia, quando a capacidade de 400 atendimentos foi esgotada.
- Até as 10h30min, já tínhamos distribuído 217 senhas, ou seja, mais da metade de nossa capacidade. Encerramos a distribuição antes do meio-dia para evitar a degradação da qualidade do atendimento - disse o tenente-coronel Henry Munhoz, responsável pela Comunicação Social da Aeronáutica.
Em comparação com o mesmo horário do primeiro dia de funcionamento, nas primeiras horas da manhã, o hospital recebeu o triplo de pacientes. Durante todo o dia de ontem, 407 pessoas foram atendidas e 267 casos de dengue foram clinicamente constatados, sendo 47 em crianças.
Segundo a Aeronáutica, um fator que prejudicou o atendimento foi a ocupação dos leitos de hidratação por pessoas que, por falta de vagas na rede pública, ficaram no hospital da Aeronáutica.

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Fonte: Diário Catarinense - 02-04-2008


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