02-04-2008 - Simpósio "O Futuro das Escolas Médicas no Brasil"

A Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Faculdade de Medicina da USP promovem, em 4 de abril, o Simpósio "O Futuro das Escolas Médicas no Brasil". O objetivo é debater e tomar uma posição firme quanto à formação médica, atualmente em grave crise. Abertura indiscriminada de cursos de Medicina de má qualidade, falta de vagas nos programas de residência, banalização dos vestibulares e ausência de fiscalização por parte das autoridades competentes prejudicam a prática diária da Medicina e põem em risco a saúde dos cidadãos.
O Simpósio acontece no teatro da FMUSP, em São Paulo, com a presença de importantes nomes da Medicina brasileira, lideranças e representantes das principais entidades médicas. Dos diversos debates ao longo da programação participam: José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB; Eleuses Paiva, ex-presidente da entidade; Edson de Oliveira Andrade, presidente do CFM; Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina da USP; Giovanni Cerri, ex-diretor da FMUSP; Milton de Arruda Martins, presidente da Associação Brasileira de Educação Médica; Geraldo Brasileiro Filho, ex-diretor da Faculdade de Medicina da UFMG; Ana Estela Haddad, diretora de gestão da Educação na Saúde; Abib Salim Cury, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares; Alair de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino; Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara dos Deputados; os deputados federais Rafael Guerra, Darcisio Perondi, Átila Lira e José Aristodemo Pinotti, o senador Tião Viana e os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e da Educação, Fernando Haddad.
Durante o encontro serão discutidas a atual conjuntura e a regulamentação de escolas médicas no Brasil. De acordo com o presidente da AMB, alguns requisitos são básicos para uma faculdade qualificada, como oferta de vagas de residência médica, unidades de internação, ambulatoriais e de emergência, centros cirúrgico e obstétrico, e, sobretudo, corpo docente qualificado na área médica.
"Impedir a criação de novos cursos de Medicina que não atendam aos critérios mínimos de qualidade considerados é uma das medidas para garantir uma formação de qualidade no país", diz o presidente da AMB.
A residência médica, forma de especialização por meio da prática clínica, também será debatida. A ampliação do conhecimento médico nas últimas décadas exige correspondente aumento no conteúdo e extensão dos programas de residência.
"É necessário rever a distribuição dos médicos ao redor do País, bem como das vagas para a residência. Muitas vezes, no entanto, são propostas reducionistas e manifestações de conceitos ultrapassados".

Mais informações: (11) 3016-4051 ou projetos@ffm.br

Fonte: Imprensa da AMB - 02-04-2008
 
 
 


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