Enquanto a epidemia de dengue se alastra - no Estado do Rio sao 57.010 casos, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde - autoridades municipais e estaduais do RJ não param de anunciar medidas de combate à doença e ao mosquito.
Enquanto a prefeitura do Rio dizia que, a partir de segunda-feira, vai distribuir repelentes naturais nas filas dos ambulatórios, mais cedo, o governador, Sérgio Cabral (PMDB), declarava que estuda importar profissionais de saúde de Cuba para cobrir a carência de médicos. No pacote de medidas anunciadas pela Secretaria Municipal da Saúde estão ações para humanizar o atendimento às vítimas no município.
- Estamos dando água e biscoito para as pessoas que ficam esperando nas filas, tentando humanizar para diminuir o sofrimento - afirmou o secretário municipal da Saúde, Jacob Kligerman.
O ministro da Saúde José Temporão, afirmou ontem que o combate à dengue em ano eleitoral é guerra perdida. Segundo ele, com a politização do tema, quem sai prejudicada é a população, porque são "desmobilizados os programas e demitidos os servidores que atuam na área.
- Todos os anos, quando há disputa eleitoral nos municípios, a guerra contra a dengue perde. Se desmobilizam programas, se demitem servidores e se faz politicagem com uma coisa tão grave.
Ajuda de SP
O governo de SP ofereceu ao governo do RJ ajuda no combate à dengue. Foram colocados à disposição 200 leitos em três hospitais. O governo também ofereceu laboratórios para realizar testes. Ficaria a cargo do Rio de Janeiro encaminhar os doentes e as amostras de sangue para SP.
Plano de ação
Quase a metade (48%) dos 670 municípios brasileiros com risco de epidemia de dengue não tem um plano de contingência ou nem sequer informa ao Ministério da Saúde a situação sanitária vivida no combate ao mosquito.
Fonte: Diário catarinense - 03-04-2008