10-04-2008 - Possibilidade de turista ter contraído dengue em SC é remota, diz Vigilância Epidemiológica

O diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luis Antonio Silva, afirmou nesta quinta-feira que é praticamente impossível que o paraguaio que apresentou sintomas de dengue após passar férias no Estado tenha contraído a doença no país.
Além de não haver registro de casos de dengue contraídos em Santa Catarina, o homem retornou do Estado dia 22 de março e a contaminação só foi confirmada nesta quarta-feira, dia 9 de abril, por autoridades sanitárias do Paraguai. O período de incubação da doença normalmente é de até dez dias.
— São uns 17 dias. Pelo período de incubação, é praticamente impossível que ele tenha se contaminado aqui — explicou.
Além disso, se a doença tivesse sido contraída em Santa Catarina, a região por onde o homem passou teria outros possíveis casos de dengue. Mas isso não aconteceu até o momento, segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica.
O caso foi comunicado ao Ministério da Saúde, que é responsável por fazer o contato com o governo do Paraguai e investigar os locais onde o homem esteve no Brasil.
O paciente paraguaio de 39 anos, que mora na localidade de Lambaré, divisa com Assunção, já foi atendido em um centro médico estatal. O novo registro eleva para seis o número de casos de dengue confirmados no país. O Paraguai tem ainda 10 casos suspeitos e 1.552 descartados.
— Talvez ele tenha se contaminado em uma outra região do Brasil onde ele tenha passado, ou mesmo no Paraguai, porque o Paraguai também tem transmissão no próprio território — disse Luis Antonio Silva.
Até agora, os casos confirmados de dengue em Santa Catarina são de pessoas infectadas em outras regiões do Brasil, os chamados casos importados.
No Estado, as ações de vigilância sanitária se concentram na identificação de larvas ou de mosquitos adultos, se for o caso. Atualmente, têm sido encontrados focos de larvas, mas não de mosquitos adultos, que transmitem a doença se o vírus estiver presente.
— A gente identifica o foco, trata e o mosquito não chega na sua fase adulta.
Para identificar focos de larvas e mosquitos, são utilizadas armadilhas — ano passado eram 18 mil e esse ano ultrapassam 20 mil em todo o Estado.
Segundo Luis Antonio, a região do Estado que requer maior atenção é a Oeste, onde ano passado foram encontrados 468 focos de larvas somente em Chapecó, no início do ano.
— Esses 119 focos identificados de janeiro (de 2008) até agora ainda são reflexo daquela infestação — disse.

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Fonte:
Diário Catarinense - 10-04-2008


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