17-04-2008 - Casos de dengue sobem para 93 mil no Rio de Janeiro

Subiu de 75.399 para 93.498 o número de notificações de dengue no estado do Rio de Janeiro na última semana e os óbitos chegaram a 87 (sete a mais do que os divulgados há uma semana, no dia 9). Outras 91 mortes ainda são investigadas, de acordo com os dados divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Saúde.
O número de mortes causado pela doença já é 2,3 vezes superior nos quatro primeiros meses deste ano ao registrado em todo o ano passado no Rio, quando ocorreram 37 óbitos. Do total verificado no quadrimestre, 38 eram crianças ou adolescentes com até 15 anos de idade.
Já o aumento de 24% (de 75,3 mil para 93,4 mil) dos casos notificados na última semana é inferior ao crescimento de 32% registrados na semana anterior, mas ainda preocupa as autoridades de saúde.
O superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Vitor Berbara, diz que ainda não é possível afirmar se a epidemia de dengue está começando a dar uma trégua.
- É muito cedo para afirmar isso. Ainda mais porque tivemos dias de muita chuva e isso dificulta o controle do mosquito (Aedes aegypti, transmissor da dengue). E, quando depois dessas chuvas vêm três a quatro dias de calor, como aconteceu semana passada, esse movimento vai piorando porque favorece muito os criadouros do mosquito - disse.

Ação cobra funcionamento de postos por 24 horas
Ontem, o defensor público da União, André Ordagy, entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir que os postos de saúde do município fiquem 24 horas abertos. Atualmente há na capital um "conflito de liminares".
Na semana passada, a juíza da 18a Vara Federal, Regina Coeli de Carvalho, decidiu acatar ação da defensoria e estabelecer multa diária de R$ 10 mil, caso os postos não funcionem durante a noite e madrugada.
Ontem, a juíza Valéria Pacha Bichara, da 10a Vara de Fazenda Pública, aceitou o argumento da prefeitura de que não há segurança para a abertura de todas as unidades de saúde. Até ontem à noite, o STJ ainda não havia se pronunciado sobre a ação. Em seu boletim eletrônico diário, o prefeito Cesar Maia (DEM) afirmou que está caindo o número de atendimentos de doentes e não há necessidade de manter as unidades abertas.

Fonte: Diário Catarinense - 17-04-2008


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